A brutalidade do boxe

Tenho dito, em minha coluna, quando o momento e as circunstâncias o permitem, que sou contra o boxe. Diga-me, leitor: qual a diferença deste “esporte” com os lutadores das antigas arenas romanas? Nenhuma. Apenas épocas históricas as separam. A violência do boxe, a garra de trucidar o adversário, o sangue se esvaindo com socos no rosto e cérebro são tudo a mesma coisa. Agora, Popó, nosso campeão, vai enfrentar em março o mexicano Gabe Ruelas, que tem alguma igualdade fisionômica com Pancho Vila. O histórico revolucionário matou muita gente em suas indigestas revoluções, e o seu compatriota, Gabe Ruelas, nos dias atuais, já matou o americano John Montanez nos ringues com soco direto e impiedoso. O podre John entrou em coma e morreu dias depois. Sabe o que disse el matador em uma entrevista? “Foi mais uma vitória no meu currículo”. E Popó vai enfrentar esta fera. Eu renunciaria a todos os dólares do mundo para não ter de enfrentar este mentecapto selvagem, que não é um ser humano, e sim uma nova versão da besta do Apocalipse.

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