Há 50 anos (Adauto)

Foi num 15 de novembro, data da proclamação da República que só foi instituída um século após sua proclamação. Poor Country, como diria Eleanor Roosevelt. Mas, porque fosse feriado nacional, em 1969, aproveitamô-lo para criar a segunda academia de letras do Estado Barriga Verde. E reunimo-nos em uma dependência da Biblioteca Municipal Rolf Colin, então administrada pelo infatigável historiador Adolpho Bernardo Schneider. Que foi eleito 1º. Presidente da mesma e a carregou nas costas até o seu lastimado falecimento. Parece um sonho! Ou pesadelo, porque foram inúmeras as sessões da saudade e sobraram 9 dos fundadores. Retornando de São Francisco do Sul para Joinville, onde, igualmente, ajudei a fundar outra Academia, esta de letras e artes, fui convocado pelo Dr. Paulo Roberto da Silva para assumir a Presidência da joinvilense e desenvolver-lhe a existência. Consegui com aqueles nove sobreviventes, inclusive a Irmã Cléa que se havia recolhido a um internato das suas irmãzinhas em Tijucas, onde brilhava, não obstante os anos que lhe deveriam pesar. Qual o que, a mesma lépida diretora do Colégio dos Santos Anjos de Joinville. Todos os outros, idosos, mas dispostos a desenvolver os trabalhos da AJL em favor das culturas de Joinville, de Santa Catarina, do Brasil e do Exterior. Em meio a esta caminhada, perdemos dois valores Dra. Lucinda Clarita Boehm e o globetrotter cultural Ilmar Carvalho. Em suas vagas chamamos outros de igual naipe e vamos chegando aos 50 anos ou meio século ou 18 mil dias com as 40 Cadeiras quase todas ocupadas, 28 delas; com 4º. número da Revista Ensaio recheada de trabalhos dos acadêmicos, com lançamentos de obras de seus integrantes, com uma ligação umbilical à Feira do Livro e grandes projetos futuros. Mantivemos neste meio século a força da nossa  divisa :”Domus Amica Domus Optima”, cercada por uma coroa de louros. Desenhada pelo Acadêmico Wilson Gelbecke, escritor, pintor, publicitário e biógrafo. Até o Centenário !

Carlos Adauto Vieira

 

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