O dinossauro do capoeirão

Bruno olhou pela janela e viu uma cauda comprida de um animal que ele não conhecia e foi atrás para descobrir o que era. Entrou no mato, mas como ficou com medo voltou e chamou seu primo para acompanhá-lo.

– Venha comigo, Augusto. Vi um bicho entrar no capoeirão e pelo tamanho da cauda deve ser bem grande. Só vi a cauda e era bem comprida.

Augusto era curioso e também corajoso. Acompanhou o primo e os dois se embrenharam no capoeirão. Não precisaram andar muito para descobrir um animal enorme, com quatro patas, cauda comprida, que com um longo pescoço e uma boca bem grande comia as folhas de uma árvore.

– Não pode ser, falou Augusto, aquilo ali é um dinossauro! Tenho certeza. Pelo menos é igualzinho à figura que tenho num livro.

– Como pode ser, disse Bruno, os dinossauros desapareceram da terra há milhões de anos. Já li bastante sobre eles.

– Ainda bem, comentou Augusto. Já pensou termos que conviver com eles? Na certa nos devorariam.

– É, mas este aí é um herbívoro, pois está comendo folhas. Os herbívoros são calmos. Perigosos eram os carnívoros. Li que o mais feroz de todos era o Tiranossauro que media mais ou menos quatorze metros de comprimento e tinha de cinco a seis metros de altura. Eles devoravam os herbívoros.

– Eu sei, complementou Augusto que a palavra dinossauro significa “lagarto terrível” tendo origem no idioma grego. O nome foi dado pelo professor inglês Richard Owen em l842, porque achava os dinossauros parecidos com os lagartos.

Os meninos ficaram um bom tempo observando o animal alimentar-se e comentando tudo o que sabiam sobre eles: que nasciam de ovos, que existiram mais de mil espécies deles, que o pescoço era tão comprido que parecia uma cobra, etc.

Mas, quando eles menos esperavam o dinossauro parou de comer as folhas e veio para o lado deles. Saíram os dois na maior corrida e o bicho atrás deles. Bruno começou a gritar porque Augusto tropeçou e caiu. Nisto sentiu alguém sacudindo seu ombro. Era sua mãe que ao ouvir os gritos foi até o quarto ver o que estava acontecendo e ouviu o filho dizer, esfregando os olhos:

– Mamãe, era um dinossauro enorme e pescoçudo. Estava lá no capoeirão e veio atrás de mim e do Augusto.

– Filho, você estava sonhando! São três horas da madrugada!

Depois de bem acordado, Bruno riu tranquilo e, aconchegado no colo de sua mãe, falou antes de dormir novamente:

– Amanhã vou contar tudo para o Augusto e para meus colegas na escola.

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