Os senhores e os príncipes de Joinville (Milton)

OS SENHORES E OS PRÍNCIPES DE JOINVILLE

MILTON MACIEL

Jean de Joinville, biógrafo de São Luiz, não é um ancestral de François Ferdinand, nosso Príncipe de Joinville, o marido de Dona Francisca. Isso porque o DE JOINVILLE de Jean é um gentílico e ao mesmo tempo um título nobiliárquico (SEIGNEUR), que começa a existir no início do ano 1000 AD. E o DE JOINVILLE de François é só um título nobiliárquico (PRINCE).

Jean viveu entre 1225 e 1317 e acompanhou o rei Luis IX da França na 7ª. Cruzada. Depois escreveu a “Biografia de São Luiz” (não outro senão esse mesmo rei, que foi canonizado pela igreja) e a crônica da cruzada, essa que você acaba de conseguir (Parabéns, vou aguardar a resenha!). François Ferdinand viveu entre 1808 e 1900, e ambos são de famílias sem qualquer vínculo consanguíneo.

Foram 12 Senhores de Joinville da casa de Vaux (Jean foi o oitavo), seguidos de 7 senhores da casa de Vaudémont. Em 1386 o título mudou de Seigneur para Prince. E os Príncipes de Joinville são, até hoje, a bagatela de 22 (9 da casa de Guise, mais 12 da casa de Orleans.  Nosso François é apenas o 17º Príncipe de Joinville, o 8º da casa de Orleans. O último e atual Príncipe de Joinville, Henri IV, nasceu em 1999, tem vinte aninhos e é também Conde de Paris.

Quando à Joinville original, foi um forte de toras de madeira mandado construir pelo general FLAVIUS JOVINUS, comandante militar da Gália Romana, para resistir aos ataques dos invasores alamanos.

Sei de todas essas coisas porque esse general galo-romano, que se converteu ao cristianismo e construiu a primeira igreja cristã de Reims, é um dos personagens principais do meu romance histórico ALINE DE TROYES (pronuncia-se Troá). Essa Joinville existe até hoje e tem uma população sempre constante de 4000 habitantes. Não é uma cidade, mas uma comuna, pertencente ao Arrondissement (município) de Saint Dizier. Parece um presépio, cortado pelas águas limpas do Rio Marne.

No final desse livro eu tenho um capítulo denominado AS TRÊS JOINVILLES DO MUNDO, onde apresento a primeira, de 354 AD; a segunda, de 1281 AD, que era Sain Maur e mudou de nome para Joinville em 1831, para puxar o saco do rei pai de François, que era o Príncipe de Joinville à época. Tudo para conseguir uma isenção de tributos, o que deu certo. Fica grudada em Paris, teve que mudar o nome para Joinville-le-Pont por causa da reação irada dos habitantes da Joinville original, tem 18000 habitantes hoje e é a cidade irmã-gêmea da 3ª. Joinville, a de 1851, que é banhada pelas águas puras, perfumadas e pristinas do Rio Cachoeira.

Para quem quer saber mais:

https://en.wikipedia.org/wiki/List_of_lords_and_princes_of_Joinville

 

ALINE DE TROYES – Milton Maciel, IDEL, 2013 – 2ª. ED. 2017 – 200 pg

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