Benesses do bem-querer (Zabot)
BENESSES DO BEM-QUERER
E aquele bem-te-vi,
cantava ao entardecer.
Entoava
um canto triste como quem chora.
Ninguém respondia,
mas ele insistia…
Voou enquanto pode
rodando ao léu.
Conhecera o inferno,
agora procurava o céu.
Sua companheira se foi…
maldito gavião traiçoeiro.
Ora, ora…!
A quem recorrer àquela hora.
Ó cruel destino…!
Oh, não! que grata surpresa,
outros bem-te-vis se apresentaram…
Vermelhas asas boreais.
Soldados cancioneiros
da mãe-natureza.
Orquestra-viva do amor.
Alegria de quem vive
as benesses do bem-querer.
Joinville, 28 de fevereiro de 2021
Onévio Zabot