Nossa Torre Eiffel (Adauto)

NOSSA TORRE   EIFFEL

Há sessenta e três anos admiro a Chaminé da Wetzel, ícone empresarial de Joinville Talvez a mais alta do Estado. Em Joinville, houve e há outras, ainda. A do ARP felizmente sobrou. Está no Shopping das Flores. Uma das Indústrias Colin, sobre o Ribeirão Mathias foi posta abaixo pela JK, mesmo sob protestos.

Cheguei a alugar uma casa na Rua Henrique Meyer, para poder, todos os dias, pela manhã, quando ia para o Escritório, descer toda a rua para passar proximamente a ela e descer a Visconde Taunay.  Posteriormente, quando retornamos de São Francisco do Sul, buscamos um apartamento que me permitisse, já pela manhã, ver a imponente chaminé, ainda não desmanchada, nem encoberta por prédios do seu tamanho ou mais altos.

Há tempos, sugeri que em torno Dela se criasse o Memorial da Empresa Joinvilense em uma área de – exatamente – um morgo, medida muito utilizada por aqui, especialmente a partir do início da Colonização. Pois, sempre me que pareceu que a vida empresarial da Colônia teve início ali e que Ela poderia ser considerada o símbolo da pujança da Terra dos Príncipes, hoje.

Como a especulação imobiliária respeita muito pouco os marcos civilizatórios de Joinville, o que é, hoje, a esplêndida Ministro Calógeras, ponto de visita obrigatória dos nossos visitantes, com as belíssimas residências em amplas áreas floridas e arborizadas por espécies embelezadoras e frutíferas?  Que orgulho tínhamos de a exibir aos visitantes normais, convidados e turistas!

Cada vez mais espigões! Em nome de que? Progresso ou devastadora ganância?

Em prejuízo da beleza urbana. Da melhor qualidade vida. Para todos.

Assombra-me imaginar que, em qualquer dia, pela manhã, possa acordar e procurar a nossa soberba chaminé e não a ver, porque escondida, cercada por alguns espigões. Dependerão da energia elétrica (os apagões) para a sua vida. Desesperando os seus ocupantes. Sem elevadores, sem portões eletrônicos, sem água aquecida para a sem higiene, telefones fixos sem fio, sem televisões, rádios, sem cargas para os aparelhos mais modernos da tecnologia, celulares, tablets, absolutamente sem conforto.  E segurança!

 

Carlos Adauto Vieira

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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