O café do Barnabé

Aquele macaco era esperto como todos de sua raça e muito trabalhador. Passava cedinho oferecendo sua mercadoria:

– Café quentinho torrado e moído hoje! É o mais gostoso que existe! Venham comprar!

A bicharada corria para comprar. A cada dia aumentava o número de fregueses, pois um bicho ia contando e elogiando para outro a delícia que era o café do Macaco Barnabé.

A Coelha contou pra Gata, que contou pra Rata, que contou pra Vaca, que contou pra Gralha, que contou pro Jabuti, que contou pro Bem-Te-Vi, que num segundo contou pra todo mundo!

Mas a novidade que a Tartaruga contou para toda a cidade é que Dona Macaca iria oferecer um café especial com bolos, broinhas, beijus, cucas e rosquinhas.

No dia marcado vocês nem imaginam quantos bichos apareceram com suas famílias! O repórter do Jornal local anotou e fotografou para sua coluna: a Anta, o Burro, a Cabra, o Dragão, o Elefante, a Foca, a Girafa, o Hipopótamo, a Irara, o Jacaré, o Leão, o Novilho, a Onça, o Porco, a Queixada, o Rato, o Sapo, o Tatu, o Urso, a Vaca, o Xenxém e a Zebra.

Ao lado dessa bicharada via-se ainda abelhas, pássaros, borboletas, grilos, lagartas e até mamangavas!

Antes de servir suas delícias, Dona Macaca e seu marido Barnabé convidaram todos a passarem para um lindo gramado nos fundos da casa onde houve um jogo de futebol.

– Para movimentarmos o corpo, disse Barnabé. Esporte é muito importante para a saúde.

As crianças foram convidadas para brincar de roda. Foi bonito ver os pequenos de mãos dadas cantando:

Roda Cotia

                             De noite e de dia

                             O galo cantou

                             E a casa caía!

– Como é gostosa essa brincadeira, falou Vovó Ursa ao ver os pequenos se esparramando no chão quando “a casa caía”.

– Isso é mais velho que a minha tataravó, comentou Dona Zebra, mas não há quem não goste!

– Que tal a gente também fazer uma roda? convidou Dona Sapa.

– Isso mesmo! Vamos lá, agitou Dona Foca.

Era engraçado ver a bicharada grande rolar no chão quando “a casa caía” mas não conseguirem levantar depressa para recomeçar a roda.

Depois de todos terem se divertido, Dona Macaca bateu um sino chamando para o café.

– Hmmmmmm! Quem não gosta destas delícias, dizia Dona Girafa arregalando os olhos e esticando ainda mais o seu comprido pescoço. A alegria era geral diante de tanta fartura.

A hora foi passando e os convidados fartos com tantos quitutes foram se retirando. Durante muito tempo se comentou naquele lugar o sucesso do Café de Dona Macaca, pois ela serviu aos convidados o café trazido por seu marido, o Macaco Barnabé, que conseguiu provar para todos que realmente vendia o melhor café do mundo!

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