A conspiração do silêncio (Adauto)

A CONSPIRAÇÃO do SILÊNCIO OU DO INOCENTE ÚTIL

Carlos Adauto Vieira – Cadeira 30 da AJL

Lenin, quando voltava da Finlândia para Moscou afim de assumir a liderança da Revolução Bolchevique, no trem foi procurado por uma personalidade alemã que lhe propôs dar 100 mil marcos ouro, se Lenin não fizesse a União Soviética entrar na guerra contra a Alemanha, em 1914. Lenin aceitou, porque um dos princípios, agora, do seu país era lutar pela paz e pela coexistência pacífica. Tal encontro fez Lenin pensar na importância dos inocentes úteis. Que faziam um serviço e desapareciam. Ele nunca soube quem lhe deixara a bolsa de couro com as moedas. E, na mesma hora, iniciou a redação de um panfleto alertando seus camaradas para o perigo dos inocentes úteis, denominando-os de “conspiração do silêncio”. Sabia que as grandes nações ocidentais (imperialistas), se iriam valer destes inocentes úteis para sabotar a nascente União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. Não aconteceu diferente. Logo, logo, Hitler, derrotado no seu “putsch” de Munique se tornou um inocente útil, recebendo milhões para combater a nascente URSS. E a conspiração do silêncio se tornou uma poderosa arma política. Um alguém, não se sabe quem, solta o boato com características de verdade, envolvendo alguém de um governo em ato de traição que não terá como provar o contrário, eis que a “a pena de Voltaire” já está voando. Às vezes, mesmo, um órgão da mídia aceita a propina e se torna um agente ativo da conspiração do silêncio. É uma sabotagem volátil. “Dizem que …” Quem dizem? Até no Brasil dos nossos dias isto se tornou corrente. Até aproveitando a pandemia……

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