A trajetória da Academia (Paulo Roberto da Silva)
A TRAJETÓRIA DA ACADEMIA
As Academias de Letras encontram sua origem remota na Grécia Antiga, mas foi a partir da Academia Francesa de 1635, criada por iniciativa do Cardeal Richelieu, que nasceu o formato e a inspiração para todas as demais Academias surgidas nos séculos seguintes, como a Academia Brasileira de Letras (ABL), de 1897, e a Academia Catarinense de Letras (ACL), de 1920.
Aliás, desde os idos de 1920, aproximadamente, também em Joinville já existia o interesse pela fundação de uma Academia ou Centro de Letras. Essa iniciativa pode ser atribuída à figura ímpar de Inácio Bastos, brilhante intelectual que conseguia congregar em torno de si todo o meio literário local da época, com nomes como Alfredo Nóbrega de Oliveira, Crispim Mira e Avelino Alves de Carvalho.
Com esse pensamento em mente, surgiu o “Cenáculo”, que funcionou com sede própria na antiga Rua da Água, depois renomeada para Rua Conselheiro Mafra e, posteriormente, rebatizada para Rua Abdon Baptista. No “Cenáculo” reunia-se o grupo de intelectuais de Joinville e até mesmo de São Francisco do Sul, cultivando-se o gosto comum a todos os seus integrantes pela nossa literatura.
Desse modo, com esse histórico de união em prol da causa literária, estava pavimentado o caminho que, em janeiro de 1961, levaria à criação de um Centro de Letras batizado como “Instituto Joinvilense de Cultura”. Essa iniciativa se deveu a um grupo de pessoas formado pelo escritor, orador e teatrólogo José de Diniz, o escritor e professor Augusto Sylvio Prodöhl, o escritor e historiador Adolfo Bernardo Schneider, o advogado Eugênio Doin Vieira e o jornalista Moacyr Gomes de Oliveira, todos de elevado prestígio nas letras locais, que mantinham a intenção de que, também aqui, fosse fundado um sodalício.
A presidência do novo Instituto coube a José de Diniz, ficando Adolfo Bernardo Schneider com a vice-presidência. A esse grupo também veio se juntar o escultor Fritz Alt, pois a intenção era abranger não somente a literatura como as artes em geral, daí a designação “cultura” no nome da entidade criada.
O Centro ou Instituto já se encontrava na fase de elaboração dos Estatutos quando faleceu, em 24 de março de 1961, precoce e repentinamente, José de Diniz. Na sequência, Eugênio Doin Vieira foi eleito deputado federal, rumando para Brasília. Por fim, Augusto Sylvio Prodöhl rumou para Florianópolis, onde assumiu a cátedra de Sociologia na Universidade Federal.
Assim, do pequeno grupo inicial, restaram o vice-presidente Adolfo Bernardo Schneider, Moacyr Gomes de Oliveira e Fritz Alt, o que interrompeu a concretização da ideia por eles fomentada. Com o falecimento, em 1968, do escultor Fritz Alt, não havia mais motivo para que o Instituto ou Academia se dedicasse às letras e artes, já que o único representante das nossas artes a integrar o Instituto nos deixara. Foi natural, portanto, que na sequência se começasse a pensar na ideia de um centro que abraçasse apenas as letras.
No curso daquela década de 1960, o jornalista João Carlos Vieira, na sua coluna “Letras e Artes” mantida no jornal “A Notícia”, passou a questionar por qual motivo Joinville não tinha, enfim, uma “Academia Joinvilense de Letras”, tornando-se um ferrenho defensor da ideia.
Com tudo isso acontecendo, eis que, em 1969, oito anos depois do movimento iniciado pelo Instituto e meio século após o surgimento do Cenáculo, um ato do então Prefeito Municipal de Joinville, Dr. Nilson Wilson Bender (*1928 +2013), coadjuvado pela dinâmica Secretária Municipal de Educação, Iraci Schmidlin, determinou a formação de uma Comissão presidida pelo joinvilense Adolfo Bernardo Schneider para tratar do tema.
As reuniões iniciais dessa Comissão ocorreram na sede da Câmara de Vereadores de Joinville, então situada na Rua Padre Carlos, no 1º andar do prédio também ocupado pela Prefeitura Municipal e que seria demolido, em meados da década seguinte, para a abertura da avenida Juscelino Kubitschek. Naquelas reuniões preparatórias, que aconteceram nos dias 01º e 07 de novembro de 1969 e que contaram com ampla cobertura da imprensa local, decidiu-se pela criação da nova instituição sob o formato de Academia de Letras, convidando-se 14 intelectuais como seus primeiros fundadores. Outros 26 nomes se juntariam ao grupo nos anos seguintes, completando-se o quadro com 40 membros efetivos.
Com essa intenção em mente e a vontade de torná-la realidade, definiu-se a data de 15 de novembro daquele ano para a fundação e instalação da Academia Joinvilense de Letras (AJL).
Em viagem ao Rio de Janeiro, a Secretária Municipal de Educação – Iraci Schmidlin – teve a oportunidade de, em visita à Academia Brasileira de Letras, entregar convite ao seu presidente, Austregésilo de Athayde, para a Sessão de instalação da Academia Joinvilense. Em resposta, o presidente da ABL enviou correspondência através da Secretária cumprimentando a nascente entidade co-irmã e indicando o Acadêmico Aurélio Buarque de Holanda Ferreira como seu representante oficial.
Na noite da data escolhida, reuniram-se autoridades com os acadêmicos a serem empossados e ilustres convidados, em Sessão Solene realizada no Salão Nobre da Sociedade Harmonia-Lyra quando, enfim, deu-se o nascimento oficial da tão sonhada Academia de Letras de nossa cidade.
Pioneira dentre as demais Academias que surgiriam, posteriormente, em outras cidades catarinenses, a AJL foi antecedida, tão somente, pela Academia-Mãe: a Academia Catarinense de Letras (ACL), fundada em 1920 mas que só a partir de 1924 receberia essa denominação.
A Ata da Sessão inaugural registrou os nomes dos 14 fundadores iniciais, como segue: Adolfo Bernardo Schneider (Presidente), Carlos Adauto Vieira, Carlos Gomes de Oliveira, Josette Maria Schwoelk Fontán, Mário Tavares da Cunha Mello, Moacyr Gomes de Oliveira, José Accácio Soares Moreira Filho, Iraci Schmidlin, Lucinda Clarita Boehm, João Carlos Vieira, Alcides Buss, Hans Bachl, Augusto Sylvio Prodöhl e Ilmar Gastão de Carvalho.
Dentre os presentes ao evento, o Governador de Santa Catarina (representado pelo reitor Celestino Sachet), o Prefeito de Joinville (Dr. Nilson Wilson Bender), os Presidentes das Academias Catarinense e Paranaense de Letras, o Acadêmico Aurélio Buarque de Holanda Ferreira (representando a Academia Brasileira de Letras), o Acadêmico Nereu Correa (da Academia Catarinense de Letras), a renomada escritora Dinah Silveira de Queiroz, o escritor Anibal Pires, o escritor Elysio Condé, o poeta Lindolf Bell e sua esposa – a artista Elke Hering -, o diplomata, político e escritor Alvaro Valle, o embaixador Dário Castro Alves e esposa, e demais autoridades e convidados.
A Sessão foi conduzida pelo presidente provisório da AJL, Adolfo Bernardo Schneider, tendo como presidente de honra o representante oficial da ABL. Encerrado o evento, seguiu-se um banquete de confraternização, com a Ata sendo assinada por todos os presentes.
Como se sabe, os membros de uma Academia de Letras são conhecidos como “imortais”, pois seu nome e sua obra tendem a ficar para a imortalidade mesmo que o ser físico deixe de existir.
No entanto, quando da fundação e instalação da Academia Joinvilense de Letras naquela noite de 15 de novembro de 1969, o acadêmico Aurélio Buarque de Holanda Ferreira fez um alerta ao discursar: “Somos imortais, mas ficamos assustados, ao verificar quão pouco o destino respeita essa nossa imortalidade”.
No período inicial de atividades da Academia Joinvilense de Letras, a Biblioteca Pública Municipal Prefeito Rolf Colin serviu-lhe como sede provisória. A sede que lhe fora prometida pela municipalidade em uma das salas da futura Casa da Cultura, inclusive constando expressamente da planta original da obra, nunca lhe foi entregue.
Ali, na Biblioteca Pública, ocorriam as reuniões e também o “Café Acadêmico”, como se constata de uma Carta-Circular datada de 05/11/1971, onde o Presidente Adolfo Schneider convida os membros para uma reunião informal na sede provisória, a partir das 16 horas de 15/11/1971, uma segunda-feira, data do 2º aniversário de fundação da AJL. Ao invés do tradicional “Chá das Cinco” da Academia Brasileira de Letras, a Academia local adotou uma alternativa mais condizente com a realidade joinvilense e, no lugar do chá, veio o café: daí o nome cunhado pelo presidente Schneider, de “Café Acadêmico”, e que permanece até o presente. Realizado uma vez por mês, sempre às quintas-feiras, destina-se à discussão e compartilhamento de temas culturais e, muito especialmente, literários, reservando-se as terças-feiras para as reuniões ordinárias.
Nesse período inicial da AJL, fora preciso cunhar uma expressão latina para ser o lema da nova Academia, como é de praxe nas instituições congêneres. Elaborada uma longa lista de sugestões pelo presidente Schneider, duas foram as expressões que guardaram a preferência, recaindo a escolha em “Domus Anima, Domus Optima”, que numa tradução livre pode ser entendida como “a casa dos amigos é a melhor casa”.
A 16 de outubro de 1971, quase 2 anos após sua fundação e instalação, a Academia Joinvilense viveu mais um momento histórico: em Assembleia especialmente convocada, foi apresentado e aprovado o texto dos Estatutos próprios da AJL. O novo documento previa, além da categoria de membros-efetivos, também a de sócios-correspondentes (destinada aos escritores não residentes em Joinville, limitado ao número de 20 membros) e a de sócios-honorários (para os que tivessem contribuído de alguma forma para o desenvolvimento da Academia ou da literatura local, com um número indeterminado de membros), todos admitidos em caráter vitalício e perpétuo.
Igualmente ficou definido que, à semelhança da Academia Brasileira de Letras, cada uma das 40 cadeiras dos membros-efetivos e das 20 cadeiras dos sócios-correspondentes homenagearia um nome das letras que, somente por ter falecido antes da fundação da Academia Joinvilense, dela não chegou a tomar parte. Tais Patronos são intelectuais que guardaram algum vínculo com a cidade ou região, seja pelo nascimento, seja por obra ou trajetória que tivesse alguma relação com Joinville. Nesse rol, alguns dos nomes dos falecidos integrantes do “Cenáculo” e do Instituto Joinvilense de Cultura foram recordados e eternizados na condição de Patronos.
Na mesma data em que foram aprovados os Estatutos da AJL, realizou-se sua primeira eleição para o preenchimento dos cargos de diretoria, recaindo a presidência no nome de Adolfo Bernardo Schneider (até então presidente–provisório), a vice-presidência ficando com Carlos Adauto Vieira, como 1º tesoureiro sendo eleito Alcides Buss e como 2º tesoureiro João Carlos Vieira. Os cargos de secretário-geral, 1º e 2ºs secretários foram considerados não-eletivos mas de livre escolha dos presidentes.
De início, os mandatos dos integrantes da diretoria se estendiam por 3 anos, o que foi alterado em 2018 através de Assembleia, que reduziu sua duração para 2 anos.
Paralelamente, a Academia começou a formar sua própria Biblioteca, fruto de doações diversas, como foi o caso ocorrido em 16 de junho de 1972, quando o Departamento de Cultura de Santa Catarina doou 17 títulos para a Academia.
Nesse quesito, a prioridade é dada a obras escritas pelos membros efetivos e pelos sócios-correspondentes da Academia, bem como pelos Patronos das suas cadeiras, sendo obrigação da Academia manter consigo um exemplar de cada obra dos seus integrantes. Em seguida, a ordem de prioridade é dada a escritores locais que não integrem a Academia, seguidos pelos autores catarinenses e, por fim, nacionais.
Em 18 de janeiro de 1974, a AJL remeteu um livro (“Antologia de Autores Catarinense”) à Academia Paraense de Letras, em retribuição à obra “O Terreno e o Infante” (de Levi Hall de Moura) recebida daquela Academia no ano anterior e incorporado ao acervo da AJL.
Em outro documento, datado de 29de outubro de 1974, são relacionados outros 12 livros do acervo da AJL, finalizando o texto com um alerta da presidência: “Livros e brochuras pertencem à Biblioteca da ‘Academia Joinvilense de Letras’ e devem ser devolvidos. Por favor!”.
Em 1976, após o recebimento pela AJL da edição nº 05 da Revista “Signo”, publicada pela Academia Catarinense de Letras, a presidência da Academia Joinvilense enviou carta de agradecimento, datada de 06 de novembro de 1976, informando que tal edição fora incorporada à Biblioteca da AJL e solicitando também o envio das edições de nºs 03 e 04 para que a coleção restasse completa.
Desde o ano de 2016, o cargo de Bibliotecário da Academia vem sendo ocupado de forma ininterrupta e dedicada pelo Acadêmico Hilton Görresen. Mais recentemente, graças à iniciativa e empenho do Acadêmico Ronald Fiuza, além da biblioteca física há, ainda, uma biblioteca virtual, com as obras digitalizadas dos seus membros, a se estender, futuramente, para as dos seus Patronos.
Na data de 07 de dezembro de 1972, ocorreu em Joinville “um fato inédito e significativo”, nas palavras do Acadêmico Carlos Gomes de Oliveira: a vinda do Presidente e integrantes da Academia Catarinense de Letras em visita à Academia Joinvilense de Letras, reunidos em uma Sessão histórica!
Em mais de 50 anos de existência da Academia Catarinense, era a primeira vez que seus membros se deslocavam de sua sede para Joinville.
Essa Sessão especial, no que pode ser considerado o primeiro encontro de escritores de Santa Catarina, ocorreu no Salão de Festas da Sociedade Harmonia-Lyra onde, após as palavras proferidas pelo presidente da AJL, Adolfo Bernardo Schneider, seguiu-se o pronunciamento do Acadêmico Theobaldo da Costa Jamundá e a saudação do presidente Holdemar Oliveira de Menezes, em nome da ACL. Por fim, uma palestra proferida pelo Acadêmico Carlos Gomes de Oliveira (pertencente aos quadros de ambas as Academias, a Catarinense – cadeira nº 08 – e a Joinvilense – cadeira nº 33), discorrendo sobre o tema “Joinville e o seu Príncipe”. Encerrada a Sessão, serviu-se um coquetel aos presentes.
Da ACL compareceram à Sessão seu Presidente em exercício Holdemar Oliveira de Menezes e os Acadêmicos Theobaldo da Costa Jamundá, Sylvia Amelia Carneiro da Cunha, Evaldo Pauli, José Cordeiro, Victor Peluso, Oswaldo Cabral, além do próprio Carlos Gomes de Oliveira. Os demais membros da ACL enviaram telegramas e cartas.
Nesse evento memorável, batizado como “O Encontro das Academias”, tomaram posse como fundadores da AJL mais 25 membros-efetivos, ampliando-se seu rol de fundadores de 14 para 39 nomes. Somente em 2013 foi definido e convidado o 40º nome para ocupar a última cadeira vaga da Academia no rol de fundadores, recaindo o convite na pessoa da escritora, historiadora e professora Raquel S.Thiago.
A presidência do escritor e pesquisador Adolfo Bernardo Schneider pode ser considerada como histórica e imprescindível para a formação da nossa Academia, que ele manteve com um zelo e uma dedicação inegáveis. Foi um grande sonho pelo qual ele lutou bravamente – e por todos os seus anos seguintes de vida – para tornar realidade.
Schneider destacou-se, também, como um profundo batalhador pela preservação do patrimônio histórico-cultural da nossa cidade, tendo participação decisiva na criação do Museu Nacional de Imigração e Colonização, do Museu Arqueológico do Sambaqui e do Arquivo Histórico de Joinville, do qual, inclusive, foi seu primeiro diretor. Também ocupou o cargo de diretor da Biblioteca Pública Municipal.
Tal qual ocorreu com Austregésilo de Athayde, que foi o presidente da Academia Brasileira de Letras que por mais tempo esteve no cargo, de 1959 até 1993, quando faleceu, em um total de 34 anos, também Adolfo Bernardo Schneider presidiu a Academia Joinvilense de Letras durante um longo período, de 1969 até seu falecimento, em 2001, totalizando 32 anos.
E, da mesma forma como Machado de Assis foi denominado de “presidente perpétuo”, por ter sido o primeiro presidente da ABL desde sua fundação, em 1897, até sua morte, em 1908, também Adolfo Bernardo Schneider merece ser lembrado como o nosso “presidente perpétuo”, por ser o primeiro presidente da AJL desde sua fundação, em 1969, até sua morte, em 2001.
Infelizmente, com o seu falecimento, a Academia enfrentou um período de inatividade e de adormecimento, o que só foi interrompido em 2013, quando o advogado e pesquisador Paulo Roberto da Silva, após se dedicar desde 2005 ao resgate de informações, imagens e documentos acerca da trajetória da AJL, inclusive entrevistando todos os seus membros e familiares daqueles já falecidos, conseguiu reunir em Assembleia especialmente convocada, a 14 de outubro daquele ano, os membros remanescentes da Academia para decidirem sobre sua reativação ou extinção. A satisfação dos presentes foi uma prévia de que prevaleceria a primeira opção, preservando-se, com isso, uma tradição quase centenária de culto às letras em nossa cidade, de certa forma iniciada com o velho “Cenáculo”. As Academias, aliás, tem muito dessa característica, de preservação da memória literária local e dos ritos que diferenciam uma Academia de entidades semelhantes. No dizer do Acadêmico Domício Proença Filho, ex-presidente da ABL, “o rito avaliza o mito”, daí a aura quase mítica que cerca a trajetória de uma Academia, marcada pela preservação dos seus ritos e tradições.
Desde 2014, depois ter ficado sucessivamente sediada na Biblioteca Pública Municipal, na Casa Rosada (residência do presidente Schneider) e na Casa da Memória (de 2013 a 2014), a AJL encontrou para sua Sede um espaço magnífico que lhe foi gentilmente cedido pela diretoria da Sociedade Harmonia-Lyra, através do seu presidente Álvaro Cauduro. Curiosamente, o mesmo local que a viu nascer no já distante ano de 1969. Lá, realiza suas Assembleias, os Cafés-Acadêmicos, as Sessões da Saudade (em memória de membros recentemente falecidos) e as Sessões de Posse dos seus novos integrantes, dentre outras atividades que lhe são correlatas, como a cerimônia de premiação do seu Concurso Literário anual, realizado desde 2017 e denominado de “Carlos Adauto Vieira” (em honra do segundo presidente da AJL), sendo destinado aos alunos das escolas públicas e privadas de Joinville.
Historicamente, as Academias de Letras conservam um papel relevante na vida literária dos lugares onde estão sediadas, atuando no estímulo aos atuais escritores, no resgate das obras dos escritores pioneiros, na busca por qualidade às Bibliotecas Públicas, na parceria com os que ministram o ensino da língua portuguesa e de literatura nas escolas, na realização de eventos literários, no intercâmbio com escritores de outras localidades, bem como, no caso da AJL, na manutenção e ampliação da sua biblioteca, que pretende ser especializada em autores joinvilenses e catarinenses. Todas essas metas tem sido perseguidas pela Academia Joinvilense ao longo da sua trajetória de 55 anos, unindo esforços na luta pela realização de antigos e novos projetos, imortalizando nomes, obras e sonhos.
(Pesquisa e redação: Paulo Roberto da Silva, membro-honorário da AJL).