Ac. Alessandro leu “O eterno Barnes”, de Salustiano Luiz de Souza
“O Eterno Barnes”, de Salustiano Luiz de Souza.
Souza, Salustiano Luiz de. O Eterno Barnes – Barueri, SP: Novo Século Editora, 2012.
Comprei este livro no aeroporto de Curitiba. Enquanto aguardava o voo, havia no saguão uma feira de livros. Para minha surpresa, lá estava “O Eterno Barnes”, do confrade Salustiano Luiz de Souza. Não tive dúvida. Queria ler esse livro.
O Eterno Barnes é um livro de ficção, onde narra a trajetória do médico, que em estado terminal, desenvolve um método científico para transplantar sua memória e conhecimentos para outro hospedeiro, jovem e saudável. Existe na trama um enigma moral, entre o que seria correto, usar seu descobrimento para compartilhar com a humanidade, ou usá-lo para benefício próprio? Qual o limite do egoísmo humano? Seria possível isso na vida real?
Ainda, nas diversas questões cognitivas que os escritos de Salustiano traz ao leitor, uma que merece especial atenção é até onde o ser humano seria capaz de ir para obter a vida eterna. Paradigma semelhante pode ser observado nos escritos de filósofos existencialistas como Simone de Beavior e Jean Paul Sartre.
Por fim, quem nunca imaginou uma possibilidade de manter vivo o conhecimento de pessoas com inteligência acima da média, ou habilidades natas ou adquiridas, transmitindo livremente para outras pessoas com o simples implante de um cartão de memória em outro hospedeiro. O grande desafio seria como conviver com duas memórias de vida diferentes. Ficção e reflexão.
Recomendo a leitura. Obra fascinante. Prende do início ao fim.
Abril de 2020.
Alessandro Machado