Ac. Alessandro leu “O homem que foi quinta-feira, de G.K.Chesterton

O homem que foi quinta-feira

 

Chesterton, Gilbert Keith. O Homem que foi quinta-feira. Edição da Penguin Books Limited London 1937- Rio de Janeiro: Agir Editora, 1957. 227p.

Comprei este livro em um sebo da Estante Virtual. Ouvi a seu respeito e fiquei curioso para saber e entender o seu conteúdo, sendo obra do renomado escritor, poeta, filósofo, dramaturgo, jornalista, palestrante, teólogo, biógrafo, literário e crítico de arte inglês, G.K. Chesterton.

O livro já inicia com um primeiro capítulo envolvente para quem gosta de filosofia. O protagonista Syme e seu antagonista Gregory travam uma batalha ideológica inteligente, com argumentos fascinantes. Ambos discutem poesia, onde um defende a anarquia e o outro, policial, a ordem. Neste intenso contraponto se desenvolve o embate entre a conspiração anarquista que visa derrubar a ordem social estabelecida e a Scotland Yard, paladina da defesa dos preceitos já conceituados de governo e controle social. Não é para menos que Chesterton é conhecido como o “Príncipe do Paradoxo”, mostrando sua visão do que seria um criminoso comum e um criminoso ideológico, onde o primeiro quer tomar para si, o segundo quer destruir tudo para refazer sob seu domínio.

Apesar de escrito em 1908, seus conceitos podem muito bem ser aplicados em situações contemporâneas. Destaca-se ainda, o vocabulário rico e a descrição fantástica de locais e situações que transportam o leitor para dentro da cena. A boa dose de humor britânico também se faz presente de forma marcante. Vale a pena!

Joinville, 25 de novembro de 2019.

 

Alessandro José Machado, Cadeira 21 da Academia Joinvilense de Letras.

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