Dia dos namorados
Uma leitora, com mensagem escrita à mão, pede ao cronista uma mensagem para o Dia dos Namorados que hoje transcorre. Confessa ela que faz algum tempo que o romantismo fugiu de seu referencial. Seriam os primeiros cabelos encanecidos? A idade, com sua malvadeza biológica, castigando com seus primeiros vestígios este escriba alternando dias alegres e momentos depressivos? Quem sabe, minha leitora, quem sabe! Em qualquer encontro o cavalheiro poderá ponderar: “Será que ela está disponível?” Numa reunião social, como consegue um homem adivinhar quais as mulheres que esperam secretamente um convite? O olhar? O vestido? O cruzamento das pernas? O movimento inconsciente dos lábios? A maneira de segurar o cigarro? O jeito de andar? O sucesso dos homens e das mulheres muitas vezes depende de sua capacidade de interpretar a sutil linguagem muda dos gestos. É isso para hoje, minha leitora. Fique atenta em seu amado: pelo menos um arranjo de rosas não pode faltar. Ninguém transgride o amor à toa.