Invenção do mundo (Onévio Zabot)

INVENÇÃO DO MUNDO

 

E Deus veio,

cavalgava primaveras.

Cavalo maior que o mundo.

 

Mal  chegara,

porta aberta lá em casa.

Presença inesperada…alvissaras!

 

Oi estou por aqui… Oi!

Saudades. Muitas saudades.

E  cavalgando se foi.

 

Bradou antes porém, lá do fundo,

voz complacente:

Sigam… há outros mundos.

 

Cascos partidos,

memórias de outro tempo.

Invenção do mundo, alaridos.

 

E espalhava estrelas,

luzeiros infinitos ao alto,

para quem as ama, e adora vê-las.

 

Ao  alcance das mãos….Oh, não!

Mas lá estão elas, ó gente.

Apanhá-las, mera ilusão!

 

Pois, apreciam as estrelas

a solidão do mundo,

e o vagar do tempo,  a protege-las.

 

 

Joinville, 25 de março de 2025

Onévio Zabot

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