Jura Arruda – Recepção por Adauto Vieira

JURA ARRUDA

Reservei-me a recepção deste admirável intelectual, que superou todos os requisitos, exigidos por nossa Academia, até por força e um dever de admiração a quem se pode chamar, sem suspeitas, de incansável agitador cultural. Daí porque é inconfundível, quando se lhe menciona o simples prenome: JURA!

Quando lhe ouvi, por primeira vez o nome completo, pensei em algum parentesco, porque, igualmente, com muito orgulho tenho o sobrenome Arruda, herdado dos meus ancestrais de serra acima.

E, desde o nosso primeiro encontro pessoal, passei a denominá-lo de primo, recebendo a recíproca: Primo Adauto.

Infelizmente, os laços familiares devem ser antiquíssimos, dos tempos da cruel inquisição, na Península Ibérica, quando se tornaram cristãos novos para livrar-se dela.

Conhecê-lo e admirá-lo foi um tempo só.

Tão importante é para nossa vida cultural que a simples pronúncia do seu prenome já lhe tisna o dinamismo intelectual inconfundível, que apresenta nas crônicas semanais em A Notícia, nos contos em livros e coletâneas, nas peças teatrais encenadas com frequência, nos roteiros cinematográficos. Eis um globetotter da Literatura joinvilense e catarinense.

Jura Arruda nasceu Jurandy de Arruda Neto em São Paulo no dia 10 de fevereiro de 1971. No teatro, escreveu as peças “Cosquinhas, por favor”, de 2014; “Nós (e um laço)”, de 2013; “Vontade de Ser Mulher”, de 2012; Uma Festa para Eulália, de 2007; além das infantis “Quem Roubou Minha Infância Que Estava Aqui” e “Bicho Medo”.

No Cinema, foi co-roteirista do longa ” Infância de Monique”; roteirizou e dirigiu os curtas “Dor e Delícia” e “Nossas Metades”, dirigiu “A Noite em Que a Ópera Esteve em Joinville”, roteiro de Borges de Garuva, e roteirizou “Eu Te Amo Você não Sabe Quanto”, produzido e dirigido por Borges de Garuva. O histórico de produção de “Dor e Delícia” e o curta finalizado estão disponíveis no blog http://arrudianas.blogspot.com.

É também o idealizador produtor e diretor do projeto Rascunhos na Cidade, série de entrevistas com escritores joinvilenses; Na literatura, publicou crônicas na Revista Divercidade como Jura Arruda e usando o pseudônimo, Teobaldo Viana.  Participou da Antologia de Microcontos “Expresso 600′:  publicado em março de 2006 pela Editora Andross; além das Antologia Contos ao Mar e Crônicas Urbanas, da mesma editora, lançados em setembro de 2006 e maio de 2007; No mesmo ano, lançou em Joinville “Fritz, um Sapo nas Terras do Príncipe”: livro infantil que teve a segunda edição publicada em 2012. Em 2013 lançou o infanto-juvenil “Uma árvore que dá o que falar” e em 2014, os infantis “Livros para África” e “O vento que me Voa”, além de participar da antologia de contos “Meia Dúzia de Olhares.

Também em 2014, Jura Arruda organizou o livro “Primeiros Contos”, que reúne contos de 45 alunos da rede municipal de ensino de Joinville, produzidos durante a Oficina de Contos ministrada pelo Mestre.

Em 2015, lançou o livro de contos e crônicas para jovens, “As Canoas Chinesas”, que reúne textos publicados no jornal Notícias do Dia. Em outubro, pela editora Areia, lança “Fritz, Olha o Trem”, sequência da saga do sapo alemão que atravessou o oceano para viver em Joinville.

Atualmente, Jura Arruda escreve crônicas semanais para o Jornal A Notícia, de Joinville, às sextas eiras, no Anexo, e dirige a Editora Areia (www.editoraareia.com.br)

Entre os livros, seu primeiro foi Um sapo nas terras dos Príncipes, largamente utilizado em salas de aula dos cursos básicos; depois “Uma árvore que dá o que falar “integrante do Projeto Escolas de Sertão da Omunga Social. FRITZ foi lançado pela segunda vez, tal o sucesso; na Coletânea Meia Dúzia de Olhares participou com Um conto brunoise (é uma maneira de se cortar legumes para salada, deixando-a apetitosa, também pela aparência).

Agora, parte para a biografia, o que nos acicata a curiosidade, especialmente pela pessoa biografada. Deverá ser outro sucesso de venda e crítica.

Este é um dos novos acadêmicos que recepcionamos hoje, dando­ lhe as Boas Vindas, aqui e agora, ao lhe entregarmos o colar e o diploma.

Gratos!