Lira Noturna (Alcides Buss)

LIRA NOTURNA

(Alcides Buss)

 

Estradas de outono,
repletas de si mesmas,
se entregam ao sono

que também necessitam,
pois mais do que estradas
são pórticos de brisas

que levam o silêncio
vital de criaturas
mínimas, quais sementes

de sol e de roseiras.
Ao chegar a manhã
se fazem nossas veias

e é quando, de fato,
o outono mais se mostra
dos olhos ao olfato.

Assim, quase ficção,
em bem querer se acorda
e vibra o coração.

 

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