Luz do porvir (Zabot)

 

LUZ DO PORVIR

 

Tudo está consumado.

Aos homens cabe

apenas esculpir.

 

Há o passado.

Há o presente.

E há  o porvir.

 

Acordes, portanto,

ó ser insano,

preso as malhas do desengano.

 

Ficar guerreando

quanta chatice…!

Porque não a meiguice…?

 

Antes olhai os campos,

verdes campos

e suas floradas pingentes.

 

Esqueçam a guerra…

Tirar a vida do irmão.

Matar gente.

 

Não importa

se é quem ataca

ou contra-ataca.

 

Cristo  ensinou

a graça do perdão,

ceder a outra face ao irmão.

 

Melhor olhar adiante,

Ancorar-se na sabedoria,

do que aplicar a lei de Talião.

 

É chegada, sim, a hora

daquele abraço fraterno

sob luz do perdão.

 

Quando esse dia chegar

prevalecerá o amor.

E será o fim de toda a dor.

 

Paz na terra

é tudo o  que desejamos…

E belas floradas de gerânios.

 

Onévio, 3 de novembro – 2023

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