Paixão da madrugada (Postai de Souza)

Paixão de Madrugada

 

Esta é mais uma daquelas noites

Em que acordava para escrever

Antes pela paixão inalcançada

Hoje pela paixão alcançada

Mas impossibilitado de amar

 

Há se um dia teus pais soubessem

O quanto eles perdem da vida

De mim e de ti

Ao se digladiarem contra nós

Porque nesta guerra, como em todas as outras,

Não existem vencedores

 

Ainda chegará o dia em que

Provarei o doce sabor da vingança

Ao ver triunfar nosso amor

Perante os maus olhados deles

Nada faria a não ser amar-te

Mas tudo faria se não o pudesse

 

Como é fácil conjugar tal verbo

Ao teu lado…

Como é difícil conjugá-lo

Em paz…

 

Fico a pensar sobre a peça que o destino me impôs

Amar-te sem alcançar-te

Amar-te sobre vultosas tempestades

Mares de hipocrisia, sátiras e invejas

Mar de incertezas…

 

Justiça dos homens, justiça mordaz

Ao inferno iria, se precisasse, para amar-te

Perguntem-me como vivo no inferno

 

Ao final ainda ei de falar:

“Ao vencedor, as batatas”

Machado amigo, onde andarás?!

Que bons mares o tenham.

Pois aqui passo dias em tormenta

Não em busca de um amor

Mas em busca de poder amar.

 

 

George Postai de Souza

Joinville, 25/7/2005 às 00:20 horas

 

 

 

 

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