Rodrigo Bornholdt – Recepção por Apolinário Ternes

Minhas Senhoras e meus Senhores,

 

Com especial emoção faço a recepção oficial ao novo acadêmico Rodrigo Bornholdt, jovem e brilhante advogado que, nesta noite, ingressa nesta casa de cultura e de espírito, criada em 1969 por iniciativa do historiador Adolfo Bernardo Schneider.

Rodrigo Bornholdt é de tradicional família de Joinville. Seus pais, Max e Eliane Bornholdt, são amigos de muitos anos. Ao longo de mais de três décadas, Max ocupou cargos públicos e foi um dos conselheiros mais próximos do governador Luiz Henrique, de Pedro Ivo Campos e líder do PMDB ao longo de muitas décadas. Ocupou-se ainda, de importante escritório de advocacia, que há anos, acolhe também o filho Rodrigo.

O nosso ilustre acadêmico concluiu o curso de Direito, pela Universidade Federal do Paraná, turma de 1995. Na mesma instituição obteve os títulos de Mestre e Doutor em Direito das Relações Sociais, no ano de 2004. Nos anos de 1997/98 exerceu o Cargo de Procurador Geral do Município de Joinville e nos anos de 2005 a 2008 exerceu o cargo de Vice-Prefeito de Joinville e Presidente da Fundação Cultural. Ocupa-se do Magistério, dando aulas nos cursos da Universidade de Joinville há muitos anos e atua como advogado junto ao escritório do seu pai desde 1995.

Tem livros publicados na área técnica do direito tributário, como sobre o ICMS, Princípios Constitucionais e Direitos Fundamentais, Direito Constitucional Brasileiro e sobre gás natural no cenário brasileiro, publicados por editoras especializadas entre os anos de 2001 a 2015.

Há muito anos, além da advocacia e do magistério, milita em partidos políticos, faz palestras e conferências em todo o país e, desde 2013, ocupa o honroso posto de Consul Honorário da Alemanha em Joinville e região Norte, sucedendo no cargo ao atual prefeito Udo Dohler.

Trata-se, portanto, de personalidade que vem enriquecer a casa dos escritores de Joinville, a Academia de Letras que tem sempre o notável desafio de enobrecer a cultura de nossa cidade, outrora tão forte e imperial, mas nos últimos anos vítima também dos fenômenos da globalização. Se os tempos são de incerteza e de transformações rápidas, cabe-nos, como intelectuais, filósofos e cultivadores da nobilíssima arte da literatura e do ensaio, difundirmos a luz da esperança e, mais uma vez, assim como repetido em épocas anteriores, acreditar na superioridade do espírito humano. Sim, o tempo atual pede-nos, acima de tudo, confiança e fé na capacidade de o humano superar os desafios da tecnologia, da distribuição de renda e das desigualdades sociais.

No século 15, a Renascença da Itália elegeu a pintura e a escultura como artes de supremo talento, fazendo renascer o espírito do belo e do harmonioso, decantados na Grécia e Roma antigas. Mesmo que existissem talentos como Petrarca e Dante, Camões e Cervantes, e até mesmo o francês Montaigne, não foi a literatura a arte principal ou maior. Foram os pintores e escultores os grandes nomes da época: da Vinci, Michelangelo, Bramante, Rafael e Ticiano. Foram alguns dos notáveis gênios de então. Pais do Renascimento, apóstolos do espírito, fundadores da Modernidade.

Assim, ouso avaliar, em pouco tempo, quando os celulares e notebooks estiverem ainda mais difundidos, serão os homens de letras que produzirão o novo Renascimento. Assim, de novo e mais uma vez, a palavra deverá salvar o homem. Livros serão sagrados, como os livros que encarnaram as grandes religiões do monoteísmo, o judaímo, o cristianismo e o islamismo. Livros serão o repouso, o alívio, o refrigério. Serão luz e paz, serenidade e silêncio. A fome do mundo já é de silêncio e paz e isto, podemos avaliar, alguns livros são capazes de garantir. Assim, precisamos de apóstolos da Palavra, no novo sentido sagrado e transcendente que o Verbo representa.

Ao saudar, portanto, um dos novos semeadores de cultura e entendimento, desejo a Rodrigo, assim como aos colegas Cristina Dias e David Gonçalves, muito sucesso pessoal e dedicação também à nossa nobre e fundamental instituição, a Academia de Letras de Joinville.

Obrigado.

 

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