SOS (Alessandro Machado)

 

SOS

Alessandro Machado

 

O homem tenta parar o mar

Fronteiras de água

Controla a mágoa

E tenta a natureza afogar.

 

Mágoa por vaidade

Ganância ou maldade

Que o tempo

Em seu intento

Deveria apagar!

 

Aterros constantes

Contendo o que antes

Com brilhos errantes

Aventureiro ou viajante

Nunca deveria apagar!

 

As ondas em arte

Soçobrando a vontade

Do jovem que parte

E encontra a realidade.

 

Um mundo que carece

Do paladino que defende

Com as mãos em prece

O valedouro meio ambiente!

 

Paladino que faça

Pagar aquele que vilipendia

Cobrando ou de graça

A o auriverde do dia!

 

Continua… não acabou

Exige a polícia

Que combate a malícia

Daquele que roubou.

 

As ondas varrem a areia

Raivosas batem nas rochas

Para que vejam suas veias

Nas preces em mãos postas.

 

Joelhos ralados ao chão

Pedidos passados de mão em mão

Implorando um perdão mudo

Implorando que salve o mundo.

 

Mas o triste

Ao que parece

O dedo em riste

No rosto merece

Daquele de nós

Que se omite

Mesmo a sós

Em pedir um urgente

SOS…

 

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