Tardes de Agosto (Onévio Zabot)

TARDES DE AGOSTO

Onévio Zabot

 

Varam o mundo

as tardes de agosto.

É o inverno refazendo-se

cerne de aroeira.

 

Amo essas tardes,

riscos d’ouro no céu.

É  agosto… por  Deus!

Sol vermelho, fogaréu.

 

No poente,

memórias d’outrora…

Ó minha gente!

mundo, porém, de agora.

 

E, veem as estrelas,

dobram esporas ao léu.

Reticentes poemas

embalam tendas no céu.

 

E lá vou eu…

Paixões que não passam,

pois as tardes de agosto

pertencem a Deus.

 

Joinville, 13 de agosto, 2024

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