Ternura (Alessandro)
TERNURA
Alessandro José Machado
És assim como a brisa inesperada
Que surge num repente qualquer,
No brilho de uma noite enluarada,
A despetalar flores bem-me-quer.
Não se sabe de onde vens,
Nem por que, nem quando vais.
Mas a alegria que teu semblante contém,
Faz esquecer as dores, meus ais.
Por que não tens parada?
Se tua voz é a esperança
E teu olhar a alvorada?
E no findar do eterno poente,
O destino chora em nova ânsia
De sorrir e de viver novamente.
Joinville, 01 de junho de 2020.