📓 Alessandro (Marinaldo)

TEXTO-PRESENTE PARA O ACADÊMICO ALESSANDRO MACHADO

Alessandro é a versão italiana de Alexandre, nome originado a partir do grego Aléxandros, que deriva do verbo aléxo, que significa “repelir, defender ou proteger”, unido ao vocábulo andrós, que quer dizer “homem”. Portanto, este nome significa “o que protege os homens”, “defensor da humanidade”, ou por extensão “o que repele os inimigos”. Seus pais será que adivinharam? Teria sido obra do Espírito Santo? Com tantas referências religiosas em sua biografia, é bem possível. Pois vejamos, o homem nasceu em São Miguel do Oeste, estudou na escola Nossa Senhora de Fátima, e creio eu, pelas indicações presentes em seus poemas, seja devoto de Nossa Senhora Aparecida…

… e nesta vida, deslumbrando-se com o céu, o menino envolto em ares, virou Coronel. E foi lá de cima que deslumbrou a salvação! Fez do vento a genuflexão do pensamento, e aprendeu a voar. Suas insígnias maiores são os sorrisos, suas condecorações os olhares, seus maiores sonetos o deslumbramento em salvar uma vida, em se jogar no mar, em se aprofundar sobre a fragilidade e a encosta, cada vez mais comprida, do silêncio…

… ao perceber o que leu, ao ler o que escreveu, nos deparamos com helicópteros, com chuvas, com sol, com neblinas, com repuxos, com tempestades. Ao adentrar em sua rotina vemos a retina de sua história, e encontramos salvamentos, praias, encostas, mães agradecidas, outras desesperadas, gente por um fio, na corda bamba da vida, na comprida estrada “encurtecida”. Lendo o que escreveu, adentramos na Barra do Sai, avistamos Itapema do Norte, as três pedras onde a coragem é delimitada, espumas e bolhas, dias enluarados, manhãs de domingo. Encontramos um militar disciplinado, nosso Cary Grant que escreveu “Que teu andar não seja um andar qualquer, que seja rumo “. Um homem que cronifica seu sonho, que escreve que o livro o livra, e poema um instante nesta disparada: ‘ Por que não tens parada? Se tua voz é a esperança, e teu olhar a alvorada?…

…e a vida, esperançosa, arranca risos da plateia quando, mediada por gente como nosso coronel, encontra um escritor vestido de super-herói. Um homem que escreve poesia e pela poesia do verbo, deixa-se escrever.

Alessandro Machado
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