Ac. Alessandro leu “Todos os homens são mortais” de Simone de Beauvoir

“TODOS OS HOMENS SÃO MORTAIS”, de Simone de Beauvoir

Beauvoir, Simone de. Todos os Homens São Mortais – 2 ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2019.

Excelente livro, escrito em 1946. Prende a atenção do início ao fim. Simone de Beauvoir, escritora e filósofa francesa, foi também ativista política e teórica social. A obra em questão, um ensaio em forma de ficção, é tida como a porta de entrada para o pensamento filosófico existencialista da escritora. Manteve um relacionamento de casal com Jean Paul Sartre por toda a vida.

Para os filósofos adeptos dessa corrente, a essência humana é construída durante sua vivência, a partir de suas escolhas, uma vez que possui liberdade incondicional.

O livro conta a história de Raimond Fosca e Regine, uma atriz inteligente, mas em crise existencial. Fosca resiste em lhe contar sua história, mas acaba cedendo, após provar que era realmente imortal. Descreve a Regine, em meio a tantos acontecimentos, que teve a opção de viver para sempre, e escolheu isso como um remédio para seus males interiores. Acredita, a princípio, ser este o sonho de qualquer mortal. Regine, por sua vez, inicialmente ignora Fosca, mas vê nele uma forma de manter-se eterna, de nunca ser esquecida. Entre muitas passagens, o tempo corre e o que era para ser uma dádiva parece tornar-se uma maldição. Nos leva a refletir sobre como é o mundo, como é a vida e a sociedade e de que forma interagimos com isso tudo. A reflexão nos torna reféns de questões pessoais, ao ponto de pensar no que mais amamos e desejamos, e isso inclui a nós mesmos.

A história também nos remete a uma viagem através do tempo, que vai do século XIV ao século XX, revelando tramas, conquistas e paixões. A descrição de cada momento nos faz estar presentes em cada linha da obra, que foi fruto de um vasto conhecimento da história e do comportamento humano.

Livro para se ler mais de uma vez.

E você? Quer viver para sempre?

COMPARTILHE: