Ac. David leu “A redoma de vidro”, de Sylvia Plath

A REDOMA DE VIDRO, Sylvia Plath, editora Folha de São Paulo

David Gonçalves

Um romance mediano. Parece que foi escrito para psicólogos e psiquiatras. É um mergulho indigesto na depressão. Nada aconselhável para quem deseja e quer ver e perceber as maravilhas do mundo.

Sylvia Plath [1032-1963], também conhecida como poeta,  se suicidou um mês após a publicação deste livro, que não passa de um misto de ficção e autobiografia. Personagem e autora são depressivos e suicidas.

No fundo, é uma representação da mulher da classe média na década de 1950, que tinha pouco acesso a informações, a ruptura sociais e morais e à liberdade. O resultado dessa formação é seríssimos estados de transtornos mentais.

Em todo caso, este romance descreve a futilidade da formação das mulheres naquela época e antecipa os movimentos feministas que começam a eclodir na década seguinte.

A personagem, escritora também, jovem e bonita, é convidada a passar um mês em Nova York como correspondente de moda, convivendo a jantares fúteis, festa de colunas sociais e amizades fugazes. Todo este ambiente plástico desencadeia as frustrações, neuroses, e desejos de suicidar-se.

Linguagem rápida, nervosa, coloquial, irônica, o romance não tem a densidade dos grandes autores.

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