Ac. Nelci leu “Mil dias na Toscana”, de Marlena de Blasi

Mil dias na Toscana

Não é um livro muito novo. A autora, Marlena de Blasi é também a protagonista da história, traduzida e editada no Brasil pela Editora Sextante, em 2010. Chef de cozinha e crítica gastronômica, Marlena tem como atividade pesquisar e descrever a gastronomia de certas regiões da Itália. E também preparar receitas para comprovar, é claro. Já escreveu “Mil dias em Veneza”, onde também conheceu o amor de sua vida. Agora partiram para o vilarejo “San  Casciano dei Bagni”, de 200 habitantes, no interior da Toscana.

Ali Marlena e Fernando encontram uma vida totalmente oposta à da movimentada Veneza. Aprendem a se embevecer com a beleza e exuberância da natureza, apreciar e aproveitar os ingredientes naturais que os moradores definem como selvagens, na preparação de deliciosos pratos, sempre regados a bons vinhos. Aliás, em qualquer refeição da Toscana não faltam o pão, feito de componentes simples, com casca muito crocante, vinho e azeite de oliva. Tanto as uvas como as azeitonas são colhidas e trituradas, sendo os vinhos e o azeite produzidos pelos próprios moradores. O tempero favorito, entre vários outros também considerados selvagens é o alecrim, e, as carnes mais comuns são de porco e cordeiro.

O que mais encanta é a colaboração dos moradores entre si, na colheita e na produção dessas especialidades que são depois traduzidas em refeições bem típicas da Toscana. Costume é, à noite, cada família preparar um prato a sua maneira e leva-lo a um determinado restaurante, em que todos se deliciam com as comidas de todos, bebem vinho, cantam e comemoram a vida.

Além da comida típica com diversas receitas, romances e acima de tudo vida que compõe o livro, trata-se de leitura cativante e muito agradável.

 

Nelci Seibel

03.01.2021

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