Andreia Evaristo – Recepção por Jura Arruda

Fanpage, e-book, youtube, twitter, instagram, wattpad, snapchat. A partir de agora, esses não serão mais termos estranhos para a Academia Joinvilense de Letras, porque estamos recebendo uma acadêmica que domina as plataformas digitais como poucos, que fala aos seus leitores com a proximidade de quem é íntimo e conhece suas angústias e desejos; e que conquistou seu espaço, primeiro explorando os novos caminhos da comunicação digital; depois, com os livros impressos, as páginas de jornais e, agora, a Academia.

Estou falando de Andreia Regina da Silveira Evaristo, ou simplesmente, Andreia Evaristo. Como ela mesma se define: escritora, blogueira, professora, youtuber, casada, leonina, gateira. Uma Alice com síndrome de Peter Pan.

Andreia Evaristo não é só conhecedora de mídias digitais, ela é, acima disso, escritora de verdade, atenta ao seu entorno e ao seu tempo. De olhar certeiro e ouvidos aguçados, como soe a um bom escritor. Andreia tem estilo, e seus textos parecem imantados, não deixam os olhos se afastarem, uma vez que postos sobre a fluência de suas palavras.

Aos 11 anos, produziu dois livros infantis na escola, que receberam medalhas após terem sido os livros mais votados de uma mostra escolar cultural.

Andreia Evaristo fala ao leitor com a propriedade de quem é professora de português, inglês e literatura. Sim, Andreia é em sua essência, uma acadêmica das letras.

Formada em Letras pela Univille e pós-graduada em linguagens, ama escrever e compartilhar conhecimentos, por isso, mantém o blog “Qualquer Sentido”, onde dá dicas de escrita. Também coordena um grupo de escrita criativa na cidade, com o objetivo de incentivar a produção de literatura de qualidade.

Ama escrever, como ama estar ao lado dos alunos da escola pública em que é assessora de direção. Começou a divulgar seu trabalho em uma plataforma digital, o Wattpad, onde conquistou em pouco tempo milhares de leitores com as obras: Allegra – Antes do Play, Avesso Perfeito, Legítima defesa e Em pele de cordeiro, esta última, com mais e três mil leitores, e que este ano ganhará uma edição impressa, pela Editora Areia.

A mesma editora que publicou o livro de crônicas, Chiclete pra guardar pra depois; e o infantil, ousado e poético, Borboleta no coração.

Cronista do jornal A Notícia, pode ser lida nas edições de sábado.

Foi eleita para ocupar a cadeira de Jandira d’Ávila que, vejam só, dá nome a uma escola. Emblemas da educação e do empoderamento feminino.

A Academia precisa se modernizar e isso requer, entre outras coisas, mais espaço às escritoras; e mais envolvimento com a tecnologia, aliada das boas ideias e via de contato com as novas gerações.

É preciso repensar o existir, encaixar-se, fazer-se essencial, afinal, queremos estar à deriva, no ocaso, fartos de nossa vida ou fazendo a história de nossa época?

Andreia Evaristo é uma conquista para uma Academia que se pretende atuante e humana, que consegue reconhecer sua importância como entidade de pensadores, que mantém seu olhar para o horizonte e não para o umbigo.

Bem-vinda, Andreia Evaristo, com todos os seus sonhos com toda sua luta, com toda a esperança de mundo melhor. Que nossos escritos sejam ferramentas de arar almas, que não passemos em branco pela vida, e que a imortalidade prometida não mascare a essência que nos trouxe até aqui.

COMPARTILHE: