Anedotário da Academia (Adauto)

O saudoso Acadêmico libanês, Sadalla Amin Ghanem tinha muitos afilhados, especialmente filhos de vizinhos da Abdon e da da Procópio, entre eles o Mário Lúcio dos Reis, uma daquelas figuras que caracterizam a cidade onde vivem.

Sempre bem vestido, usando chapéu curtinho de banda, parecia o dono da Standard Oil. No Banco de Crédito Real, onde o saudoso pai do Paulo trabalhava, parecia o próprio dono do estabelecimento. Atendia, despachava pedidos de empréstimos, tomava café com o Dr. Reis, gerente regional famoso por seu medo de infecção como o Howard Hughes.

Num Natal, como o fazia todos os anos, resolveu cumprimentar o padrinho em busca de um regalo.

Foi muito bem recebido, Sadalla era um gentilhomem, e, após um papo descontraído, Mário recebeu um cheque enroladinho. Na rua, desenrolou-o e viu que a quantia era gorda, sorriu, mas, logo murchou, estava sem assinatura. Voltou ao padrinho e lhe disse: Doutor, esqueceu de assinar… Sadalla sorriu e lhe explicou: esqueci, não!  Só faço caridade anônima.

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Na noite da instalação da AJL, na Lyra, em seu Salão Nobre, presentes tantos convidados ilustres, eu conversava com o Aurélio Buarque sobre a sua seção “AUMENTE O SEU VOCABULÁRIO” na Seleções do Reader’s Digest, quando a acadêmica Iraci se aproximou de nós par a falar comigo. Aurélio deu um gole no seu uísque. Ela me disse: Estou muito feliz. Soube, agora, que o senhor é Vieira e de Lages, meu pai, também, o Salomé Vieira que, o senhor conhece né? Sim, sim, conheço. Mas quero dizer-lhe que o meu avô viajava muito pela aí….

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Monsehor  Scarzello  e bambu.

Ele parecia meio desligado do meio social. Tinha os seus compromissos com a paróquia de São José e a educação sacerdotal do monsenhor José Shaffi Francisco. Um dia, levei-lhe palmitos imperiais.  Preparou-os à sua moda. E me disse, após agradecer, que bom eram brotos de bambu. Da bambu? Da Edith? Ele, alheio, confirmou. Só mais tarde expliquei-lhe a malícia da minha pergunta.  Riu-se a bom rir.

Do Anedotário da Academia Joinvilense de Letras

Carlos Adauto Vieira, Cadeira 30; 04 da Alasfs; 14 da ACML

Hotel Shantiniketan o Porto de Paz.   BOM DIA!