Joinville, a minha grande paixão (Reginaldo Jorge)

 

Joinville,  a minha grande paixão

Reginaldo Jorge

 

Eu amo Joinville e foi paixão a primeira vista, daquelas que fazem tremer as pernas e aceleram o coração. A razão de tanto amor é que não sou nascido aqui nesta terra. Sou filho adotivo no meio de muitos filhos naturais e sempre fui tratado com muito carinho. Nunca me perguntaram a minha origem e me sinto como o mais legítimo dos filhos. Tenho gratidão pela cidade que nasci, entretanto, quando me perguntam de onde sou estufo o peito e digo: sou Joinvilense.

O que a cidade tem de bom são suas histórias e seus personagens que nunca foram donos de indústria mas são inesquecíveis para a cidade, como a Rosa do Pé Inchado, o Nego Bahia apontador do Jogo do Bicho, o Laranjinha que era craque de futebol e vivia fazendo malabarismos dentro dos ônibus da cidade com um cigarro aceso dentro da boca. A Dona Ema eterna “porteira” do Hospital São José, Dom Gregório Melingrar o mais popular de todos os bispos, o Monsenhor Scarzello, o padre que atuou por muito tempo na nossa cidade e teve Chico Xavier como seu Coroinha, quando trabalhou em Minas gerais. Tem o Ernestão, a Arena Joinville, o Cha na ná, discoteca que funcionava na mesma rua do Santuário Sagrado Coração de Jesus e que segundo conta a lenda, em uma sexta-feira santa, apareceu um jovem bonito sedutor, que chamou a atenção das frequentadoras só que tinha o pé redondo.

O que me faz feliz em Joinville: as flores, a dança, as bicicletas, o mirante, a estação ferroviária, os terminais de ônibus, as universidades e os universitários, e poder contar esta história.

 

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