Meu Brasil é azul (Simone)

Na divisão entre nós e eles que se tornou um estigma da preferência política nacional houve uma apropriação indébita do verde-amarelo, que outrora simbolizava o orgulho de ser brasileiro, para fazer o contraponto às bandeiras vermelhas características do ‘outro lado’ Até uma grande loja de departamentos, que se apresenta sob a égide de dois dos mais conhecidos símbolos norte americano, travestiu-se deste novo patriotismo.

Meu Brasil, no entanto, é azul, como acabou se tornando meu chaveiro prateado, cujo formato mescla o traçado do país com as formas da bandeira e que, por coincidência, manteve apenas o círculo central com a cor original.

Meu Brasil já era azul quando governavam os vermelhos e continua sendo sob o comando dos verde-amarelos. Azul da cor do mar e do céu, mas especialmente do infinito, que é o tamanho do sonho e da expectativa por tempos mais prósperos na economia, justos na sociedade e respeitosos na convivência com os outros

Tempos em que uma conversa sobre assuntos importantes para o desenvolvimento dos espaços onde estamos de passagem compartilhando a vida (a cidade, o estado, o país e o mundo) possa ser pautada apenas pelo interesse genuíno por soluções, dispensando o maniqueísmo desnecessário.

Estudiosos das cores dizem que o azul representa calma, confiança e sabedoria; aumenta a criatividade; estimula nosso lado espiritual, com serenidade, harmonia e inteligência.

Tudo isso é muito bem-vindo para representar as expectativas em geral e o tipo de diálogo em particular esperados para este Brasil Azul, cuja cor, espero não seja alvo de vandalismo ou tirania de patriotismo sectário.

Simone Gerhke

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