Minha Homenagem a Carlos Adauto Vieira (Milton Maciel)

 

MINHA HOMENAGEM A CARLOS ADAUTO VIEIRA
MILTON MACIEL

Um oceano impediu-me ontem de estar junto com os colegas na Sessão da Saudade do nosso Restaurador e Presidente, nosso querido Mestre Adauto. Ao qual devo a honra do inesperado convite para ingressar na AJL.
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E, tempos depois, para a mais que inesperada indicação (e pressão) para que eu exercesse a Presidência.
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Mais até do que essas razões pessoais, encantava-me em Adauto a sua simplicidade, aquela modéstia que só os verdadeiramente grandes possuem. E ele era Grande!
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É MUITO tudo aquilo que ele nos deixa!
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Mas, apesar de não poder homenageá-lo ontem, quero mostrar que não lhe fui ingrato, pois tive a satisfação de fazê-lo EM VIDA.
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Para isso, copio aqui as páginas 5 e 6 do meu “Relatório de Gestão 2016-2018”:
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“SESSÃO ORDINÁRIA DE 10 DE NOVEMBRO DE 2016
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– Foi entregue aos acadêmicos o primeiro exemplar do nosso Suplemento Literário “HEKADEMEIA 1 – Nossos Cronistas”
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Nessa mesma sessão foram discutidos e aprovados os seguintes assuntos:
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– Atribuição do Prêmio AJL HONRA AO MÉRITO, cujo primeiro beneficiário será o Dr. Álvaro Cauduro. Esse prêmio, com os respectivos medalha e diploma foram instituídos em 1971, quando da elaboração dos primeiros estatutos da Academia. Mas, neste dia de 2016, a Medalha recebeu o denominação de CARLOS ADAUTO VIEIRA.
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– Instituição dos Concursos Literários da AJL
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Ficou bem claro que o nome do Prêmio e do Concurso Literário será CARLOS ADAUTO VIEIRA.
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As iniciativas contaram com a aprovação unânime de todos os acadêmicos presentes.
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Justifiquei a escolha e sugestão para aprovação com os seguintes argumentos:
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1 – A expressão da gratidão da Academia para com aquele que, junto com Paulo Roberto da Silva, foi o responsável pelo reerguimento das colunas derrubadas da nossa instituição. Sem Adauto, sem Paulo, simplesmente NÃO EXISTIRÍAMOS. É pouco?
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Se fosse, teríamos também que considerar todos os méritos desse notável homem, escritor, advogado e jornalista com tantas láureas que a própria cidade de Joinville o homenageou EM VIDA com a PONTE CHARLOT.
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2 – Minha posição pessoal é de que é preferível homenagear uma pessoa EM VIDA, enquanto ela pode ter a alegria de receber o reconhecimento por sua obra e por sua trajetória pessoal. Foi o que fizeram, no caso de Carlos Adauto, a Prefeitura e a Câmara de Vereadores de Joinville, para uma personalidade que sequer nasceu nesta cidade.
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A esse propósito, apresento aqui a letra do samba QUANDO EU ME CHAMAR SAUDADE, de Nelson Cavaquinho, gravada por Nelson Gonçalves:
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QUANDO EU ME CHAMAR SAUDADE
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Sei que amanhã, quando eu morrer,
Os meus amigos vão dizer
Que eu tinha um bom coração.
Alguns até hão de chorar
E querer me homenagear,
Fazendo de ouro um violão.
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Mas, depois que o tempo passar,
Sei que ninguém vai se lembrar
Que eu fui embora.
Por isso é que eu penso assim:
Se alguém quiser fazer por mim…
Que faça AGORA!
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Me dê as flores EM VIDA,
O carinho, a mão amiga,
Para aliviar os meus ais.
Depois que eu me chamar saudade,
Não preciso de vaidade,
Quero preces e nada mais.”

 

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