Palmeiras minhas (Zabot)
PALMEIRAS MINHAS
Cai uma chuva fina…
Instiga palmeiras.
Ressabiadas memórias,
muitas histórias.
Simples, dançam ao vento,
pois palmeiras amam o relento.
Sobranceiras, ao alto,
batem palmas perfiladas.
Sei agora por que as amo,
palmeiras danadas.
Nascemos juntos
na mesma estrada.
E lá se vai o riacho,
um pouco abaixo…
Espera por ti palmeira
choramingando mágoas.
E se aves se achegam,
saciadas abrem o canto.
Tonalidades severas,
hinos de amor à boa terra.
Vagas memórias resistem,
palmeiras minhas.
Tê-las no aconchego do dia,
ó Santo Deus, quanta alegria!
Joinville, 7 de abril de 2023