Pôr-do-sol (Zabot)

 

PÔR-DO-SOL

 

Vou embora para Andrômeda…

De lá a todos acolherei,

pois meu planeta Terra,

por Deus! ó terrinha sem lei.

 

Se matam à-toa, os homens.

Guerreiam desnorteados.

Tiros pra todo lado…

Oh, povinho malvado!

 

Quanto tempo levará

para perceberem o fado.

A missão que receberam

Não é aqui, está d’outro lado.

 

Mas, perdidos, combatem

a si próprios, todos enfastiados…

Enquanto isso constelações

os aguardam, seres mui amados.

 

Por quanto tempo, quanto tempo

suportar tamanho descalabro!

Abracem-se enquanto é tempo, ora:

sonhar alto, bailar mundo afora.

 

Humanos, acordai…!  Aqui é nada.

Importa o mundo maior… uai!

Morada no infinito… Casa do Pai.

Suspiro de poeta… poeira das gerais.

 

Por isso. Isso mesmo…

 

Vou embora para Andrômeda,

e de lá a todos  acenarei:

– Olhai, olhai o pôr-do-sol…

É Deus acenando para vocês.

 

Joinville, dezembro, 2023

Onévio

COMPARTILHE: