Potencialidades turísticas

Joinville sempre aproveitou mal as suas potencialidades turísticas.

Município que  começa  à  beira  do mar e termina a cerca de  800  metros  de altitude, em plena serra, jamais traçou roteiro no sentido de os visitantes desembarcarem nos Espinheiros ou na Transamazônica,  indo até lá em cima, percorrendo os caminhos da  zona colonial. Outro desperdício é a chuva, tendo como referência o ponto de vista econômico e turístico Quase todo  mundo  reclama  dela. Pura ingratidão. Flagrante falta de imaginação. Já pensaram em como ela serve aos fabricantes de fios, tecidos e produtos afins?

Devido à chuva e à umidade, um metro em Joinville só tem 83 centímetros em Belo Horizonte, por exemplo. Vale dizer, ganhamos 17 centímetros em metro. O que não é pouco. Nas confecções, então? O visitante compra a camisa nº 41. No Rio vai vesti-la para mostrar aos amigos. Não serve. Encolheu, mas ele se desculpa:

– Engordei nas férias, ficava uma luva quando comprei.

Logo, a chuva e a umidade constituem-se uma bênção. E para o turismo?

Já imaginaram cartazes espalhados por todo o Nordeste:

Conheça Joinville, a cidade onde mais chove no Brasil! O 2º índice pluviométrico do mundo. A Oslo brasileira. Conheça Joinville, antes que a chuva acabe.
Viria cabeça-chata aos montões.

Tenho ou não razão?  Aproveitamos mal nossas potencialidades.

Situemo-nos no caso do borrachudo.

Porque não alardear ao mundo a tremenda produção destes insetos, no município? Obter, por marketing, a sua colocação no mercado. Instituir uma campanha publicitária em torno.
“Não mate seu inimigo, mande-lhe caixas de legítimos borrachudos joinvilenses neste verão.”

“O melhor presente para as sogras neste Natal. Caixas de 50 e 100 unidades. Peça pelo Sedex! ”

E, como apoteose da campanha, nesta época do ano, coincidindo com a tradicional festa de flores e artes, a Fenaflor, nos mesmos moldes desta, a FENABOR, Festa Nacional do Borrachudo.

 

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