Timor Leste

Tão distante

e, ao mesmo tempo,

tão perto:

– cá na palma da mão.

 

João… Antônio

Antônio… João:

lusitanos da gema,

nossos irmãos!

 

Timor, pátria fugidia

entre ondas bravias,

céus e exílio.

Terra de navegar,

âncoras presas ao mar:

mãe chorando o filho.

 

Brota o sangue

do filho exangue,

à procura do pai.

Navios ao luar,

lobos a uivar:

uma saudade que vai.

 

Pátria, Pátria querida,

amor de minha vida,

aonde encontrá-la – aonde?

Nas profundezas da terra,

na escuridão das crateras

em que o mar se esconde.

 

Timor das caravelas,

de ditosas morenas

que embalam as melenas

no rugir das procelas.

 

Timor Pátria querida,

raio de luz, singela emoção!

És todo brilho e vida:

novo astro, nova nação!

 

Onévio – 2002

Da Obra: Timor Poemas de esperança

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