📘 Apolinário (Marinaldo)

TEXTO-PRESENTE PARA APOLINÁRIO TERNES

De acordo com o IBGE, 0.0013% da população brasileira chamam-se Apolinário. Dizem os que estudam os nomes e deles trazem sortilégios, que quem chama-se Apolinário faz o seu trabalho com tanta alegria que suas conquistas acabam ocorrendo naturalmente. É conservador ao extremo, idealista e romântico. No caso do Apolinário daqui, como historiador, não sei quais são seus olhares sobre a “conservação”, mas creio que deve gostar de apreciar raízes, de vasculhar fissuras, de procurar nos ocos da história um eco a sua voz perseverante. Ainda sobre o que há por trás do Apolinário, dizem que gosta de se sentir livre e  que gosta de variedades. Não ficou claro o que seriam essas variedades, e também olhando pelo viés da história, e da filosofia, também não temos nem a clareza da sentença exata e do conceito do que significa Livre. Ah, dizem que os Apolinários são pessoas voltadas às mudanças, gostam de criações, que por serem diplomáticos, quase sempre conseguem as coisas que querem, sem esforços. Tudo isso me foi revelado no Oráculus Acadêmikus Hominun, uma espécie de site imaginário que criei para tentar falar dessa figura ímpar que é um historiador.  No perfil Apolinário – é bom apresentar fatos para um homem desta nobreza, cria dos registros históricos – https://www.significadodonome.com/apolinario/ consta que o nome tem origem no Grego, advindo de Apolo. Apolinário é “aquele que foi consagrado a Apolo”, que é considerado o deus do sol, da profecia, da poesia, das artes, da música, da cura, da justiça, da lei e da ordem…

… profecia, poesia, artes, música, cura, justiça, lei, ordem. Quantos conceitos! Quanta coisa indispensável para o “admirável espetáculo” da vida. Essa vida que vem sendo registrada de forma às vezes tão crítica, tão necessária, tão límpida, tão ávida, tão burlesca quanto atrevida. Por décadas o homem Apolinário registra, mira, guarda – como dizem os italianos – o mundo, e faz conexões com livros, deuses, fontes, gentes, pontes, cruzes. Vivendo uma história do tempo presente, ele nos aponta transgressões, traz citações, apresenta príncipes e palácios, mostra a fotossíntese das coisas, traz à tona a aurora dos anos de 1950, fala das lambretas, nos leva pra lua, reconta a saga dos italianos e a cruzada de tantos imigrantes buscando sorte e trazendo trigo. Num Admirável Espetáculo – texto precioso publicado às páginas virtuais da nossa Academia – ele nos aponta reflexões, fala dos gênios, da genialidade do homem em fazer o bem tanto quanto o mal, na preciosidade do homem primitivo que construiu uma sociedade matriarcal, feita de deusas e ventres e peitos e sonhos e sentimentos, e sem armas. Ao ler o seu admirável espetáculo eu me desarmei. Mas não me desalmei. Pelo contrário. Eu entendi melhor o orgulho que temos de ser o que somos, e compreendi com mais delicadeza que historiadores e poetas tem quase as mesmas perguntas, de onde vim, para onde vamos, o que somos, o que fomos, o quê, homos?

Acadêmico Apolinário Ternes
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