Ac. Adauto leu “Sangue verde”, de David Gonçalves

SANGUE VERDE, o romance que merecia o prêmio Jabuti.
Carlos Adauto Vieira – Cadeira 30 da A J L

Quando o Mestre consagrado David Gonçalves lançou o seu ‘ SANGUE VERDE, para o qual passou pedações da vida enfrosando-se na Amazônia como se fora mais um garimpeiro em busca de ouro e pedras preciosas, com tal realismo que eu lhe sugeri disputasse o Prêmio Jaboti de Literatura Brasileira. Como bóia fria de Quadrinculo (a cidade imaginada) recusou. Não tinha tal pretensão. Agora, conversando em domingo de chuva a saborear alguns tebones e vários mignons, acompanhados de fartas e saborosas iguarias de horta caseira, ouvimos de um casal, residente em Porto Velho contar o enredo do magistral livro do mestre nunca desmentido: David Gonçalves. Também a minha curiosidade pessoal foi açulada, quando Conselheiro Federal da Ordem dos Advogados do Brasil e recebi convite de um colega, representante da Amazônia pata um passeio em gaiola ou ãanatá (canoa de casca de árvore com o caboclo canoeiro se coria de muriçoca que lhe sugavam o sangue sem qualquer reclamação. Perguntei-lhe que animais eram perigosos na Amazônia : cobra grande e onça pintada. Perguntei-me : será que o Mestre David sabia? Bem, de qualquer maneira, sabendo ou não, Ele retratou com rara exatidão que a Amazônia é puro sangue verde pelos homens do garimpo disputando pepitas e pedras preciosas ; ou, simplesmente sendo sugados pelas muriçocas. Retrato tão perfeito da maior região do pais merece o Jaboti Literário Brasileiro.

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