Árvores do Mundo (Zabot)
ÁRVORES DO MUNDO
Dobrava-se ao vento
a majestosa licurana.
Recurvava-se
mas não cedia
aos barcos de espera.
Envergava a esperança,
folhas verdes,
folhas alouradas.
Não me contive
ao vê-la empinar-se às vicissitudes.
Abracei-a
e como velhos amigos
vagamos ao leu.
E, ao abraçá-la assim,
abracei todas as árvores do mundo…
Árvores amigas
que fazem morada no céu.
Junho de 2020
Onévio Zabot