Discurso de recepção aos acadêmicos Nielson Modro e Donald Malschitzky (Maria Cristina)

 

Discurso de posse dos novos acadêmicos  – 2022, 2 de agosto

Maria Cristina Dias

 

Boa noite a todos

Prezado secretário de Educação, Diego Calegari, autoridades e professores, confrades da Academia Joinvilense de Letras, confrade Simone Nascimento, presidente da Associação das Letras, amigos presentes aqui na Sociedade Harmonia-Lyra, amigos que nos acompanham à distância, por meio da transmissão ao vivo dessa cerimônia nas redes sociais,

é com muita satisfação que nos reunimos hoje para acolher na Academia Joinvilense de Letras dois novos acadêmicos: o acadêmico efetivo Nielson Ribeiro Modro e o acadêmico correspondente Donald Malschitzky, dois escritores com uma trajetória consolidada nas Letras e na Cultura de Joinville e região.

Vocês devem estar se perguntando por que acadêmicos efetivos e correspondentes. Pelo nosso estatuto, para ser membro efetivo e perpétuo da academia, ocupando uma de suas 40 vagas, o escritor não precisa necessariamente ter nascido em Joinville, mas tem que residir na cidade há pelo menos cinco anos. Porém não podemos deixar de acolher escritores que, de alguma forma, contribuem com as Letras de nossa cidade, mas não residem mais aqui. Para estes casos, temos 20 cadeiras reservadas para membros correspondentes, que estão sendo preenchidas aos poucos, assim como as cadeiras de efetivos.

Hoje, somamos 35 cadeiras de acadêmicos efetivos ocupadas, das 40 existentes. Uma vitória, acreditem, para a nossa academia e para todos que acreditaram nela.

Assim, hoje acolhemos com carinho um acadêmico efetivo e um acadêmico correspondente, dois prestigiados escritores que vem somar, que vem contribuir para a continuidade e desenvolvimento da nossa Casa de Amigos, a AJL. Com a chegada do Donald também comemoramos a presença de todos os ex-presidentes da Associação as Letras nos quadros da AJL, o que estreita ainda mais os laços fraternos que mantemos.

Sim, somos uma casa de amigos. Como uma vez falou o nosso eterno presidente, aqui presente, Dr Carlos Adauto Vieira, chegamos a meio século de existência com a força de nossa divisa: “Domus Amica Domus Optima”.

Amigos dão as mãos, se ajudam, se unem. É este espírito de união que destacamos aqui que faz a força da AJL – e que lutamos para preservar. É este espírito de união que nos faz abraçar com carinho e apreço os nossos novos integrantes.

 

Nielson e Donald

Peço emprestado as palavras do jornalista Austregésilo de Athayde, que por 34 anos foi presidente da Academia Brasileira de Letras, para definir a missão de um acadêmico. Disse ele:

“Nas virtudes do escritor, no devotamento ao chamado da arte, na dedicação ao trabalho literário, no amor à terra e ao povo e na crença no futuro de que esta Academia é a prova transcendente. Aqui estais, segundo o seu mandamento, para conservar a unidade literária.”

E vou além: Aqui estás também para conservar e contribuir para a imortalidade da nossa Academia Joinvilense de Letras.

E o que faz a Academia Joinvilense de Letras, qual o seu papel?

A Academia Joinvilense de Letras tem algumas missões. Cultivar a língua vernácula (como todas as academias) e preservar a memória dos escritores joinvilenses ou que aqui viveram são algumas delas. Por isso, todos os anos publicamos um volume, o Ensaio, com textos de nossos escritores. Este ano, o Ensaio terá como tema “Histórias de Natal” e esperamos que seja um presente para a cidade no fim de ano.

A preservação da memória é fundamental e se faz de algumas formas. O registro das biografias e obras de nossos escritores é uma delas.

Mas destaco a iniciativa do nosso vice-presidente, Ronald Fiuza (que não pode estar presente hoje), que está elaborando uma biblioteca virtual com livros de nossos acadêmicos. É um projeto de fôlego, que levará anos para estar concluído.

Nesta primeira fase ele conta com material ainda restrito aos nossos acadêmicos, no nosso site. Mas em breve, tenho certeza, poderemos disponibilizar a leitura à comunidade – e, no futuro, o sonho é incorporar as obras de escritores joinvilenses já falecidos, que integraram a AJL. São obras que não são mais encontradas facilmente, algumas raras, que poderão ficar acessíveis a leitores e pesquisadores – e, afinal, é a nossa obra, aquilo que produzimos aqui, que nos torna realmente imortais. Somos imortais enquanto somos lidos e lembrados.

Outra missão importante é fomentar a leitura e a escrita (uma não vive sem a outra), especialmente entre nossos jovens. E por isso contamos com o Concurso Literário Carlos Adauto Vieira, que este ano chegou a terceira edição e contou com o patrocínio do Instituto Carlos Roberto Hansen.

Ele foi criado pelo nosso ex-presidente Milton Maciel em 2017 e resgatado nesta gestão, com o objetivo de estimular o jovem a escrever, a ler, a se expressar.

Minha gratidão a todos os professores e estudantes que participaram dele – e parabéns às meninas vencedoras, Maria Fernanda Budal Arins, do Colégio Elias Moreira, e Isis Vithória Vogel Kieper, do Colégio dos Santos Anjos, que hoje, excepcionalmente, estão recebendo seus prêmios nesta solenidade.

 

A Academia Joinvilense de Letras, como toda casa de amigos,  é uma casa de portas abertas. Convido vocês a visitarem o nosso site, a nos seguirem nas redes sociais (o Facebook e o Instagram) onde semanalmente são postados textos e atividades de nossos escritores, a participarem de nossas atividades, como o Concurso Literário, a entrarem em contato conosco sempre que quiserem.

Estamos aqui e cada um de vocês sempre será bem recebido.

Sejam bem-vindos Nielson Modro e Donald Malschitzky

Sejam bem-vindos, amigos

Boa noite e muito obrigada a todos pela presença!

 

Ac. Nielson Modro                               Ac. Correspondente Donald Malschitzky

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