Texto presente para Marinaldo de Silva e Silva (Postai de Souza)

 

Texto Presente para Marinaldo de Silva e Silva

 

Porque marinar consiste numa mistura de temperos, mas também remete ao mar, à marina, que é o lugar de onde se aportam os barcos – poderia ser seu porto seguro. Mas Marinaldo não é em nada fixo, estático, parado. Pelo contrário, sua inquietude em se fazer ouvir revela o quão instigante é nosso amigo, marinando diversas veias artísticas.

A leitura e a escrita lhe consomem. O inquieto já se manifestava desde os primórdios e seus textos revelam cotidianos gostosos de uma infância bem aproveitada, mas também invencionices de histórias transpassadas entre si. Desde seu desejo de ser um “hidrômetro” para impressionar sua mãe, até mesmo na coincidência de ter se criado na rua com nome de escritor joinvilense, tudo daria uma bela crônica, não fosse verdade verdadeira.

E num Mundo de Maravilhas, que o revolucionou ainda menino, descobriu sua vocação de contar histórias, seja em forma de poema, de romance ou de crônica.

As crônicas, ah essas… não é para qualquer um escrever crônicas! O olhar aguçado sobre a realidade, juntamente com a pitada sarcástica e mortal, fazem desse gênero o ímpeto maior dos que ousam manifestar suas opiniões. Muitas vezes por trás, obviamente, de nebulosas fábulas. Já dizia o ditado: para bom entendedor, meia palavra basta.

E como se não bastasse, seu trabalho de leitura se espalhou pelo universo catarinense, levando principalmente à terceira idade o mundo mágico da leitura. O falta alçar ao mundo, já que o menino do Guanabara possui asas de anjo para voar.

Nem Romeu, Nem Julieta… afinal, quem então? Talvez esteja aí, num título pretensioso shakespeariano que resida o resumo de tudo: não há certeza de nada. Numa história, tudo pode ser o que queremos, o que vivemos, o que sentimos. Se não é nem um, nem outro, pode ser ambos. Ou nenhum. Depende da ótica de quem lê.

O Poeta Marinaldo navega bem. E o faz por vários gêneros, marinando tipos e histórias, enredos e personagens, que lhe acabam por definir no mágico da marina. Aquela mesma que mencionamos ao início: onde os inquietos vêm ao anseio da calmaria, deleitar-se em seus textos.

Postai de Souza

 

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