Elizabeth Mendonça Fontes
Cadeira 7
Patrono Carl Pabst
Fundador Jürgen Jacobs Puls
Elizabeth Aparecida de Castro Mendonça Fontes é natural de Leopoldina – MG. Nasceu em 23 de abril de 1965. Filha de José Jubert de Mendonça e Edith de Castro Mendonça.
Mãe de Ana Luiza Mendonça Fontes e Maria Fernanda Mendonça Fontes.
Musicista, arte educadora, compositora, arteterapeuta e escritora.
Bacharel em Piano com Licenciatura em Educação Artística Habilitação em Música pelo Conservatório Brasileiro de Música Lorenzo Fernandez (RJ). Pós-graduada em Arte Educação pelo Instituto Nacional de Pós Graduação (MG). Pós-graduada em Arteterapia pelo Alquimy Art e Universidade Castelo Branco (SP). Pós-graduada em Literatura Infantil Juvenil e Contação de Histórias pela Fatum Educação (PR).
Atuou por 30 anos como professora de musicalização, piano, flauta doce, violão, canto e coro infantil. Atuou como musicista em grupos de Música de Câmara e gravou com o Conjunto de Flautas Doces Compassolivre o àlbum “Sonoridades Doces para Sensibilidades Tranquilas”(2005).
Trabalha como professora em Cursos de Pós Graduação na área de Educação. Atua como difusora literária e palestrante em eventos de fomento à leitura nas escolas e universidades da rede pública e particular do estado de Santa Catarina e do Paraná. Membro da Associação das Letras e da Confraria do Escritor em Joinville. Acadêmica Honorária da ALASFS – Academia de Letras e Artes de São Francisco do Sul, SC. Acadêmica Correspondente da ALLA – Academia Leopoldinense de Letras e Artes, MG. Delegada da UBT Joinville – União Brasileira de Trovadores, Seção Santa Catarina.
Obras publicadas
História de uma Aquarela (2013), Sobre os Jardins (2014), Elas Contam (2016), Girassóis nos Sapatos (2019), Um abraço é um laço (2021).
Participação em Antologias
Saganossa outras histórias (2015), Letras Associadas 1 e 2 (2015), Rede das Letras (2015), Letras Associadas 3 e 4 (2016), Janela das Letras (2016), Viagem das Letras (2017), Letras Associadas 5 (2018), Letras Associadas 6 (2019), Manuscritos Coletivo 1 (2020).
Premiações em Concursos Literários
. Prêmio Categoria Literatura. Livro “Sobre os Jardins”. Edital SIMDEC Joinville, SC. 2013.
. 3º lugar no VI Prêmio Campos do Jordão de Literatura. Poesia. 2018
. 1º lugar no XV Concurso Nacional/Internacional de Trovas da UBT Maranguape, CE. 2019
. 5º lugar no I Jogos Florais de Ibatiba, ES. Trova. 2019.
. Mensão Honrosa – 7º Lugar no II Concurso Nacional de Trovas da UBT Recife, PE. 2020
. Mensão Honrosa – 5º Lugar no XII Concurso Literário Poeta Zé Mitôca UBT Ocara e ACLA Academia de Ciências, Letras e Artes de Columinjuba, CE. Trova. 2020
. 1º lugar no Concurso Literário “Um Mundo um Abraço”. Ed.Giostri. São Paulo, SP. 2020.
. PrêmioTroféu Trovador Revelação do ano de 2020 pela União Brasileira de Trovadores de Curitiba,PR. 2020
. Prêmio de Reconhecimento por Trajetória Cultural Aldir Blanc, SC. Ano 2020.
Pão, poema e poesia (Elizabeth Fontes)
Pão, poema e poesia Elizabeth Fontes Pão é o poema em estado de preparo e espera: a memória do trigo que dourou, do sal que temperou, do azeite que ungiu. A farinha em traje fino, água acrescida ao fermento, açúcar em tom delicado. O poema do pão habita em tudo que os […]
Simplicidade (Elizabeth Fontes)
Simplicidade Elizabeth Fontes Do alto morro, tudo os olhos veem: casinha branca, azuis nas janelas, pasto verdinho. Água do ribeirinho. Estrada de chão, bouganville debruçada, todas as cores dobradas no canteiro de beijos. No meio do brejo, uma garça escondida. A graça da simplicidade no silêncio desta vida. (Do livro “Girassóis nos Sapatos)
Poema para a mão de Francisco (Elizabeth Fontes)
Poema para a mão de Francisco Doce toque, veludo. Os dedos do amor plantando a flor que perfuma tudo, inunda de cor, encanto e brilho. Por onde ele for o piso é ladrilho de todo AMOR. As palmas ao vento na aberta alegria de receber, do tempo, o sol, chuva fria. Pois […]
Fotografia (Elizabeth Fontes)
Fotografia Elizabeth Fontes No exato instante em que um pingo de sol alaranja o dia, o mar acorda. O mar transborda seus invernos azuis, escamas e peixes nos feixes de clara luz. Cada linha borda e desenha seus poemas de ser montanha, de ser céu, de ser casa e gente. Cada cor, […]
Joinville dos meus olhos (Elizabeth Fontes)
JOINVILLE DOS MEUS OLHOS Elizabeth Fontes Joinville é dessas cidades que têm o carisma de acolher feito colo de mãe, feito casa de avó. Assim foi comigo, em 1999, quando cheguei nas terras de Dona Francisca. Tudo era aconchego e conforto para as saudades: as flores nos mais belos jardins; os sabores mais […]
Delicadeza (Elizabeth Fontes)
DELICADEZA Elizabeth Fontes Delicadeza põe a mesa, espaço arranja. Bolo de laranja, cheiro de café. Doçura que é o amor cuidado, carinho cercado de palavra e flor. Pratinho de cor colherinha de prata, biscoito de nata detalhe escolhido. Sorriso esculpido, abraço e maçã. Amor escondido em café da manhã.
Acalanto (Elizabeth Fontes)
Acalanto Elizabeth Fontes Dorme menina que o dia não vem, boi da cara preta dormindo também. Dorme com os anjos que a cuca não pega, nem bicho papão o medo carrega. Dorme menina, que eu apago a luz. Quem dorme ao seu lado e também está cansado é o menino Jesus.
Oração de um poeta à beira do berço (Elizabeth Fontes)
Oração de um poeta à beira do berço Elizabeth Fontes Menino Jesus, Estou diante de sua presença frágil, neste berço que é tão somente palha, lençóis e carinho de sua mãe. Encanto-me diante do mistério. Encontro sua grandeza na minha fragilidade, vendo você tão pequeno ao mesmo tempo sabendo que é Deus. E […]
Revoada (Elizabeth Fontes)
Revoada Elizabeth Fontes Vôos no alto e pousos no chão. Azuis em bailado e sombras à mâo. A poesia é escrita nas asas abertas em linhas, entrelinhas, nas curvas mais certas da pauta em metal. Andorinhas voam, em bando ecoam o amor no final.
Varanda (Elizabeth Fontes)
Varanda Varanda sob a franja dos galhos, quais os cabelos a emoldurar lembranças das tranças das meninas. As melenas, madeixas douradas, crinas de sol e inocência pura. Varanda de visitar os sorrisos de cada uma sem o menor afã de crescer. A candura de nunca mais envelhecer. (Do livro Girassóis nos Sapatos)
Arvoredo (Elizabeth Fontes)
Arvoredo Elizabeth Fontes Na linha do horizonte baixo a copa robusta encoberta, há sombra de abrigar sementes. Há raiz de descansar silêncios e mentes. Há fruta que caiu, folha que amarelou, coração que partiu, flor que desbotou. Calor e preguiça, sonolência a perder de vista. Todo ano, cada árvore empalidece até que a […]
Costura (Elizabeth Fontes)
Costura Elizabeth Fontes Cada pedaço de pano com cuidado recortado, é parte de uma história tecida no passado. Chita da toalha de mesa, brim do estofado, linho da calça do marido, vestido de seda encurtado. Panos da roupa das crianças, cores e lembranças do feltro dos sapatinhos. As rendas, os pedacinhos de flanela […]
Poema para luzir num quadro de flores (Elizabeth Fontes)
Poema para luzir num quadro de flores Elizabeth Fontes As flores sonham e sombreiam. Etéreas luzes de pintar descuidos, de perfumar céus e de nascer terra. Ávida semente, a vida, que não passa um só dia sem ser semente, beleza e coisas efêmeras. A vida floreia, floresce, frutifica, enraíza e pousa entre pingos de […]
Sina (Elizabeth Fontes)
Sina Elizabeth Fontes Poesia é assim: basta uma chispa, uma palavra que alimente e, não mais que de repente, acorda a chama, inflama e a luz ilumina. A sina de toda palavra — no acender de um segundo — é clarear o mundo.
Poema para harpa e canto (Elizabeth Fontes)
Poema para harpa e canto Elizabeth Fontes Lyra de tantas histórias… As memórias todas guardadas nas paredes, alfombras, nos ecos das danças e nas sombras do canto das lembranças. As artes, Música e Letras, cadências perfeitas em pautas enluaradas. As flautas, os instrumentos e os tempos todos passados em grandiosa Harmonia. A sina […]
Mãe (Elizabeth Fontes)
MÃE Elizabeth Fontes Mãe é mel, frasco feminino. Pele. Mãe, à luz de um abajur sem mácula, é ímã. Um resto de luz na fronte. Mãe é fado, banjo, pergaminho, arvoredo. Mistério de vidro e saibro. Mãe é tudo, à hora do Ângelus.
Travessia (Elizabeth Fontes)
TRAVESSIA (Canção para a menina descalça) Elizabeth Fontes O meu pé dentro do rio à margem de mim mesma, dourado de sol junto às pedras. Artelhos e dedos de evocar flores em unhas e pele róseas. Meus pés nas águas pisam ruídos e folhas, sons da memória e imensidão de céus refletidos. O […]
Janela (Elizabeth Fontes)
JANELA Janela do passado presente na memória. Imagem de contar história nas dobras do tempo nela refletida. Janela viu a vida brincando dentro da casa, viu nascer as crianças e as lembranças de natais e flores, beijos e amores, pouso de pardais, chuvas e temporais. Janela de guardar meus olhos pela fresta, na […]
Palavra que me habita (Elizabeth)
PALAVRA QUE ME HABITA Elizabeth Fontes Quando nasci, aquela palavra veio junto comigo. Chegou quente, embrulhada num presente que ficava ao lado do berço. Todos os dias a palavra vinha visitar-me e enchia-me mimos, carinhos doces, cuidados e beijos. Cresci. Do berço, a palavra foi brincar com os brinquedos. Aprendi a rir com […]
Montanhas (Elizabeth Fontes)
MONTANHAS Elizabeth Fontes Quando as montanhas de Minas conversam, elas falam de um mar só delas. Mar de folhas e flores, árvores e terras, pedras e precipícios. Lembram-se de como foram esculpidas, uma a uma. De como se fizeram alturas e vales. De como bordaram cada canto de texturas e forças, sinais de […]
Poema para o olhar da mãe (Elizabeth)
POEMA PARA O OLHAR DA MÃE Elizabeth Fontes Olhos da mãe nascem quando nasce o filho. Com o filho os olhos da mãe se abrem e a partir daí enxergam o mundo de outra forma. De outro ângulo. Com outro jeito. Olhos de mãe nascem nas primeiras lágrimas de olhar o rosto do filho. […]
📕 Elizabeth (Marinaldo)
TEXTO-PRESENTE para Elizabeth Mendonça Fontes Marinaldo de Silva e Silva “Planto as sementes como quem planta os afetos antigos, com cuidado e silêncio como fosse algo sagrado. Revolvo a terra como a perguntar-me pelas lembranças da infância tão rica de saberes, de contos e prosas à beira do fogão a lenha com suas panelas de […]
Sapatos (Beth Fontes)
Sapatos Elizabeth Fontes Por quantos caminhos teus pés pisaram? E por quais pedras atravessaram? Pés calçados. Pés cansados. Pés meninos e meninas, brinquedos e sinas, flores e montes de areia. Pés e poeira. Pés macios de calçar novelos de lã. Pés em couro e cadarços, crianças e maçãs. Pés de noiva a tecer saltos […]
Cultivo (Elizabeth)
Cultivo Elizabeth A. C. M. Fontes As sementes foram entregues numa trouxinha de pano, dessas feitas do lenço de enxugar a testa. O sorriso veio seguido de um olhar sem pressa – celeiro de guardar as memórias todas. Na voz que era quase um fio, ouço dizer que minha avó cultivava aquelas flores em […]
📚Saudação a Bernadéte e Beth (Cristina)
Discurso de posse dos novos acadêmicos – 2021, 1 de julho Maria Cristina Dias Boa noite a todos Prezado secretário de Cultura e Turismo de Joinville, Guilherme Gassenferth; vice-presidente da Academia Joinvilense de Letras, Ronald Fiuza, caros confrades, amigos presentes aqui na Harmonia-Lyra, amigos que nos acompanham à distância, por meio da transmissão ao […]
📘Recepção de Elizabeth Fontes (David)
Apresentação da escritora Beth Fontes na Academia Joinvilense de Letras Desde a minha adolescência que tenho relações literárias com os criadores de Minas Gerais –Bernardo Guimarães, Guimarães Rosa, Mário Palmério, Drumond de Andrade e outros grandes escritores mineiros. Terra fértil, portanto. Agora, tenho a honra de apresentar Beth Fontes, também mineira. Aliás, não é a […]
📕Discurso de posse de Elizabeth Fontes
Discurso de Posse Acadêmica – Academia Joinvilense de Letras Elizabeth Aparecida de Castro Mendonça Fontes Exma. Sra. Maria Cristina Dias, presidente Exmo. Sr. Ronald Fiúza, vice-presidente Acadêmicos e Autoridades que compõem esta mesa Demais acadêmicos, familiares, padrinhos afetivos, amigos presentes e os que nos acompanham de forma virtual Senhoras e senhores, Boa noite! […]
Urdidura (Elizabeth Fontes)
Urdidura Elizabeth Fontes Colo de mãe é pura doçura, é fio de costura alinhavando o tempo, cosendo o desalento. Abraço de mãe é sempre calma, carinho bordando a alma, agulha de candura curando todo sofrimento. Olhos de mãe são pérolas, botões de madrepérola pintados de pureza, luzentes na destreza de reconhecer cada dor. Porque […]