Onévio Antonio Zabot
Cadeira 19
Patrono João Batista Crespo
Fundador Antônio Laércio Brunato
Onévio Antônio Zabot, natural de Joaçaba, hoje Herval do Oeste/SC (1953). Formação: Engenheiro Agrônomo (UFSM) e Direito (ACE). Especialista em Direito Ambiental (UFPR). Iniciou suas atividades profissionais na ACARESC – Associação de Crédito Rural e Assistência Técnica e Extensão Rural de Santa Catarina, Joinville (1979), atual EPAGRI – Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina.
Atividades profissionais: extensionista rural (Joinville, Bela Vista do Toldo e Massaranduba; Presidente da Fundação Municipal 25 de Julho, Secretário da Agricultura e Meio Ambiente e, Secretário Distrital de Pirabeiraba – Município de Joinville; Presidente da CEASA/SC; Diretor Técnico, e de Abastecimento e Administração da CIDASC.
Fundador e presidente da Juventude do JPMDB e Presidente da Fundação Pedroso Horta e Ulysses Guimarães (Joinville); Diretor de Política Agrícola da AEASC (Associação dos Engenheiros Agrônomos de SC); membro do Conselho de Desenvolvimento Regional de Joinville e Jaraguá do Sul; fundador membro do Comitê da Bacia Hidrográfica do Cubatão Norte; Inspetor da Câmara de Agronomia (CREA); Diretor da empresa AGROPLAN Ajardinamentos; Assessor parlamentar do vereador Arinor Vogelsanger-(Câmara de Vereadores de Joinville; Gerente Regional da Epagri/Joinville 1995/96 e 2003/20017). Obra marcante: criação do Centro de Formação de Agricultores e Pescadores Luiz Carlos Perin – CETREVILLE. E do Centro de Desenvolvimento Rural do Litoral Norte Catarinense – CODEJ – 2016.
Poeta e articulista, participação em coletâneas e antologias: Jornal da Poesia (Fortaleza, Ceará) – 2 mil poetas da língua portuguesa; edições Galo Branco – Poesia Para Todos – RJ. Premiado em vários concursos literários: Prêmio Evilsásio Caon (OAB/SC; Prêmio Silvio Castro (RJ); Prêmio Lindolfo Bell (SC). Livro de poesia publicada – ARCO DE PEDRA (2000). Membro da Academia de Letras Poeta Cruz e Souza (Itapoá/SC) e da Confraria, e da Associação das Letras – Joinville.
Como articulista, tem publicado artigos sobre sustentabilidade agropecuária nos jornais A Notícia, Diários Associados, Extra, Notícias do Dia, Notícias da Vila e Folha de Pirabeiraba, entre outros.
Maestria do Doutor Fiuza (Onévio Zabot)
MAESTRIA DO DOUTOR FIUZA Há livros e livros. Acabo de ler mais um. E de uma talagada só, caso de “Não sei e não saberei jamais”. Subtítulo: Questões Eternas, Respostas Desafiadoras. O Autor: Doutor Ronald Moura Fiuza, médico neurologista. Ou por outra, neurocirurgião de reconhecida competência. Fiuza, antes de tudo foi um leitor. […]
Academia Joinvilense de Letras – 55 anos de história (Onévio Zabot)
ACADEMIA JOINVILENSE LETRAS – 55 ANOS DE HISTÓRIA A Jornalista Maria Cristina Dias que presidiu a Academia Joinvilense de Letras, informa: “ Fundada em 1969, a Academia Joinvilense de Letras foi reconhecida desde o início nos meios literários do País. Na época, sua criação oficial reuniu em um mesmo salão personalidades como os […]
Pitayas do Lischka (Onévio Zabot)
PITAYAS DO LISCHKA Sejam bem-vindos à Piscicultura Girassol, estampa a placa na entrada do sítio. Caminho Curto, Joinville. Surpresas à vista, percebe-se, claramente. No Instagram mais detalhes: “Fornecemos alevinos juvenis e adultos de diversas espécies com qualidade assegurada: Tilápia Gift, Carpa Capim, Carpa Cabeçuda, Carpa Húngara, Carpa Colorida, Pacu, Tambacu, Jundiá e Catfish”. […]
Travesseiro verde (Onévio Zabot)
TRAVESSEIRO VERDE Minha solidão não é a solidão do mundo. E nunca será. Mas viceja em mim essa ave sombria. Ora aparece à noite. Ora durante dia. Ave Maria…! Mas quem diria, tornou-se minha companheira. Enquanto as velhas igrejas recolhem o trigo nos campos ressurgentes, minha solidão […]
Cantinho de Dona Olga (Zabot)
CANTINHO DE DONA OLGA Por si só a Dona Francisca (SC 418), sim a estrada, o entorno – paraíso de lugar. Deslumbrante. Paisagem única e singular. Encantadora, sejamos realistas. Ao largo, na baixada, espraiam-se os riachos, sossego das águas. Remansos. Refúgio de piavas. Na meia encosta destacam-se pingentes licuranas, e, intrépidas corredeiras, espumam. Galope […]
Corupá das Ornamentais (Onévio Zabot)
CORUPÁ DAS ORNAMENTAIS Corupá — terra dos pedriscos rolantes —, pode ser bem mais do que Corupá, pode ser também Hansa Humboldt. Sim, lá atrás evocava esse personagem, misto de cientista e herói, contemporâneo de Goethe. A trajetória de Alexander Humboldt é simplesmente eletrizante. Mais detalhes no livro “ A Invenção da Natureza” […]
Embalos e Alentos – Onévio Zabot
EMBALOS & ALENTOS Onévio Zabot Voltou depois de certo tempo. E para meu espanto de menino travesso, ampliou seu canto. Guitarras verdes no bico, realejos ao doce encanto. Reinventar primaveras… Porções verdes de serra. Nas auroras amenas, recolheu o vento e entregou-me… Alvissaras! para meu contentamento. Ela, abençoada ave, aos […]
De Baunilha e Cacau (Zabot)
DE BAUNILHA E CACAU Zabot Instigante o texto publicado por Luiz Mors Cabral – Baunilha e Cacau. Plantas e Civilização, o livro (Edições de Janeiro, 2016). Largamente empregada como aromatizante, a vanilina, extraída da orquídea (Vanilla panifolia) é a segunda essência mais cara do planeta. Dentre as orquídeas, é a única cultivada com fins […]
Pôr-do-sol (Zabot)
PÔR-DO-SOL Vou embora para Andrômeda… De lá a todos acolherei, pois meu planeta Terra, por Deus! ó terrinha sem lei. Se matam à-toa, os homens. Guerreiam desnorteados. Tiros pra todo lado… Oh, povinho malvado! Quanto tempo levará para perceberem o fado. A missão que receberam Não é aqui, está d’outro lado. […]
Luz do porvir (Zabot)
LUZ DO PORVIR Tudo está consumado. Aos homens cabe apenas esculpir. Há o passado. Há o presente. E há o porvir. Acordes, portanto, ó ser insano, preso as malhas do desengano. Ficar guerreando quanta chatice…! Porque não a meiguice…? Antes olhai os campos, verdes campos e suas floradas pingentes. […]
Herculano Vicenzi (Zabot)
HERCULANO VICENZI Vai-se o guerreiro, fica a lenda. Herculano Vicenzi, personagem único. Singular. Um gigante do jornalismo joinvilense, todos reconhecem. Como diria Boldrin, partiu antes do combinado. Partiu, porém de alma lavada, pois em vida combateu o bom combate. Matérias memoráveis sobre o interior joinvilense e de Santa Catarina. Muitas delas publicadas em livros […]
Poemas (Zabot)
POEMAS Zabot Acolher poemas quando a noite se apresenta serena. Arrulhar de aves, despertar de noites amenas. E seguem as nuvens cobrindo mundo… Neblinas apenas. Ora, ora os poemas…! Pérolas e pérolas, as dezenas. Acolhendo-os, achega-se a noite. Instigam-se cantilenas. E se pousam nas flores… Alvissaras…! Flores adoram […]
Natal mais feliz (Zabot)
Natal mais feliz Onévio Zabot O natal mais feliz não foi o meu, não foi o seu. O natal mais feliz não foi de Jesus, não foi de Maria. O natal mais feliz foi do menino, daquele petiz alegre e franzino. Foi o sorriso festivo, quando soberbo e altivo na […]
De ensopados e outras querelas (Zabot)
DE ENSOPADOS E OUTRAS QUERELAS Meu amigo Franklin, sujeito amistoso, anda revoltado. Ou por outra — virou limão azedo. Síndrome das redes sociais, disparam. Ultimamente, bate e rebate, sempre de primeira. Sem aperceber-se internalizou a lei de Talião: “Olho por olho, dente por dente” Ou por outra: bateu, levou. A bola, nada de […]
Chuva apenas (Zabot)
CHUVA APENAS Não sei porque, mas amo a chuva… E para sempre a amarei. Quando serena, escreve na areia com bico de pena. Evoca inquietudes amenas, pois se é chuva… É chuva apenas. Ó quanta ternura, ó quanta coragem desprender-se, ó musa, na paisagem. Aqui as amendoeiras, acolá as […]
Poeta não sou (Zabot)
Poeta não sou Poeta não sou e jamais serei capaz de sê-lo, pois este rio que passa por mim, bem mais poeta do que eu desenha aconchegos recorrentes. Oh, amado rio, ao vê-lo aos embalos encilhando cavalos ao vento, atenho-me às rédeas do tempo. Santa magia, pois este rio é mais […]
Bons amigos (Zabot)
BONS AMIGOS Apareceu do nada a pequena Maria Helena. Olhar de anjo na escadaria. – Boa tarde, Titio – foi largando sem pestanejar. Ao erguer os olhos, ei-la deslumbrante parecia voar. Boneca nos braços, traços de doce ninar. Insiste: – Titio aonde andavas que acabas de chegar? […]
Chuva menina (Zabot)
CHUVA MENINA Inesperada chuva desabas às pencas, ó inesperada chuva, gotas d’ouro no quintal. As nuvens pequeninas que te largaram do céu ouso apreciá-las… Enovelados carneiros. E segue o tropel d’esperança, campos verdes… Quem inventou tal chuva pergunta a pequena Carolina. Quem, ora, ouso responder. Quem ama a natureza, e, […]
Harmonia Lyra (Zabot)
HARMONIA LYRA Do acadêmico Wilson Gelbcke, o livro: Ivo Birchkholz – Tudo por Joinville. A pérola: “E da fusão da Harmonie com a musical Lyra, em 1921, nasceu a Sociedade Harmonia-Lyra. A inauguração da sede: 13 de dezembro de 1930. Na raiz de tudo, a música. Partituras. A sociedade – de cunho cênico […]
Palmeiras minhas (Zabot)
PALMEIRAS MINHAS Cai uma chuva fina… Instiga palmeiras. Ressabiadas memórias, muitas histórias. Simples, dançam ao vento, pois palmeiras amam o relento. Sobranceiras, ao alto, batem palmas perfiladas. Sei agora por que as amo, palmeiras danadas. Nascemos juntos na mesma estrada. E lá se vai o riacho, um pouco abaixo… Espera por ti palmeira […]
Versejar a Joinville (Zabot)
VERSEJAR A JOINVILLE Versejar às breves goteiras. Chuva cavaleira… Terra sem fronteiras! Versejar a Joinville, cidade alvissareira! Cidade das Flores – orquídeas vincadas de cores; Cidade das Bicicletas – memória de atleta; Cidade dos Príncipes – principado com alma de poeta; Cidade da Dança – Bolshoi: arcanjo na ponta das asas; […]
Ode a Dimitri Schostakovich (Zabot)
ODE A DMITRI SCHOSTAKOVICH Reerguer montanhas não compete apenas ao verbo. Há os rios pequeninos, reverberar aos atrevidos lambaris. Revelar-se água, insigne vagar às breves tentações. Inobservadas primaveras! Indecifráveis primaveras! Breve expor-se ao canto, se encanto ainda há. E aves pequeninas Indolentes ousam povoar ribanceiras. Atrevidas aves… Insignes […]
Escola do Mar (Zabot)
ESCOLA DO MAR Eis que Barra Velha implantou o projeto: Escola do Mar. E no contra turno escolar. Nada mais oportuno, certamente. Barra Velha tem tudo a ver com o mar. Até o nome do município associa-se ao grande oceano Atlântico. Ali, as águas aparentemente calmas do rio Itapocú só sossegam quando encontram o […]
Escola Francisco Eberhardt (Zabot)
ESCOLA FRANCISCO EBERHARDT Escola Estadual Francisco Eberhardt, Joinville, mas poderia ser qualquer outra, em outro logradouro. Porém, escola sempre é e sempre será escola. Abrigo. Aconchego. Amizades. Camaradagem. A Francisco Eberhardt, no entanto, neste momento, se destaca. Sobressai. Semana do livro e da biblioteca – 24 a 27 de outubro. Eventos e palestras, escritores […]
Árvores do Mundo (Zabot)
ÁRVORES DO MUNDO Dobrava-se ao vento a majestosa licurana. Recurvava-se mas não cedia aos barcos de espera. Envergava a esperança, folhas verdes, folhas alouradas. Não me contive ao vê-la empinar-se às vicissitudes. Abracei-a e como velhos amigos vagamos ao leu. E, ao abraçá-la assim, abracei todas as árvores do […]
Casarão Backmeyer (Zabot)
CASARÃO BACKMEYER São Francisco do Sul, casarão Backmeyer, muito de história – mais ainda de memória. Memória viva do socialismo utópico, corrente filosófica surgida na França e na Inglaterra em meados do século XVIII. E a península do Saí guarda traços dessa aventura. Não do falanstério de Fourier engolido pelo tempo que nada […]
Por quem vicejam os campos (Zabot)
POR QUEM VICEJAM OS CAMPOS Surpreendeu-me aquela chuva… Leve e fagueira, garota-menina. Delícia espraiando-se… gotejares às colinas. E com que delicadeza abraçou-me, sorriso de anjo, asas ligeiras de colibri. Depois, às gargalhadas despiu-se por inteiro. Nudez própria de quem cavalga invulgares janeiros. Chuva bençoada, amo tuas investidas: pingos […]
A boa cana (Zabot)
A BOA CANA Dia desses no interior de Joinville – mais precisamente em Pirabeiraba -, um grupo remanescente de produtores de cana-de-açúcar confabulavam. Papo animado, especialmente após um apreciado aperitivo. Isso, no entanto, só no final do encontro, pois o mesmo tem carácter técnico: troca de experiências. O grupo formado em razão de problemas, o […]
Furtivas Memórias (Zabot)
FURTIVAS MEMÓRIAS Piava aquele passarinho, perdera o ninho… Vingança deste mundo. Em mim calava a dor daquele passarinho, espada cortando a lua. Desfazendo-se em pranto em mim ampliou seu canto aquela ave sombria. Depois, porém, voou enovelando-se na solidão. Ave sem voz apenas. Se foi como se vão todos […]
Sol amigo – Sol companheiro (Zabot)
SOL AMIGO – SOL COMPANHEIRO Sol amigo – sol companheiro! Andaste por aí o dia inteiro, e a esta hora, à tardinha, vens me visitar no banheiro. Iluminas o meu rosto Refletes memórias furtivas. Antes, andaste pelos bosques entre as árvores amigas. Nesta tarde, porém, aquecias a floresta. E iluminavas as gazelas […]
Ac. Zabot leu “Pedro Ivo Campos”, de Moacir Pereira
LEGADO DE PEDRO IVO Acabo de ler o livro: Pedro Ivo Campos – um perfil jornalístico – obra do escritor Moacir Pereira da Academia Catarinense de Letras (2021). Instigante livro, fruto de pesquisa de entrevistas para a imprensa. Moacir Pereira é testemunha ocular de uma época de ouro da política catarinense e nacional. Conviveu […]
Ac. Zabot leu “A invenção da natureza”, de Andrea Wulf
ALEXANDER VON HUMBOLDT Ler o livro A Invenção da Natureza de Andrea Wulf sobre Humboldt (1769-1859) é algo fascinante. Humboldt, espécie de Marco Polo munido de microscópio e telescópio – como inveterado pesquisador -, assombrou o mundo. De cultura universal – incursionou, quer no campo da botânica, zoologia, química e mineração -, ou nos […]
📕Zabot (Marinaldo)
TEXTO PRESENTE para Onévio Zabot NOTA: As palavras em negrito foram retiradas de diversos textos do autor. Quando li sua síntese biográfica eu procurava por significados, buscando uma leitura de quem é Zabot. Dois nomes singulares, Onévio e Zabot, surgiam para mim, separados, como indicadores científicos, parte do alfabeto greto, relação com algumas cidades do […]
Meu velho cão (Zabot)
MEU VELHO CÃO Meu velho cão porque cismas erguendo as patas neste fim de mundo. Nem pensas n’outros cães atrás daquela serra, pois és cão daqui, deste pedaço de terra. E faceiro acoas às rezes trigueiras que pastoreiam campos nesta tarde fagueira. Meu velho cão o que cismas agora… Veio a noite […]
Sítio Dadam (Zabot)
SÍTIO DADAM Dia desses adentro no Sítio Dadam, região da Vila Nova. Surpreendente, pois conserva traços coloniais, embora Armelindo, o sucessor, tenha optado pela carreira bancária. Hoje, aposentado, usufrui as benesses de tê-lo herdado e conservado. Retomou suas raízes, portanto. Um sítio tradicional não deixa de ser um pequeno paraíso. A música sertaneja, Meu Sítio, […]
Casa das Revistas (Zabot)
CASA DAS REVISTAS De hábito, nas manhãs de domingo, ouso frequentar banca de revistas; em Joinville a Casa das Revistas, no início da Max Colin, proximidades do rio Cachoeira. Márcia, simpática proprietária, extremamente atenciosa, não perde tempo, aponta as novidades: novas publicações. Atenta, acompanha o hábito dos leitores. As faixas etárias. Os novos lançamentos. Faz […]
Chuvas no Cubatão Norte (Zabot)
CHUVAS NO CUBATÃO NORTE Vale do rio Cubatão, Joinville, eis uma região instigante. Ao alto, paredões alcantilados, Serra do Mar, imenso tapete verde a perder de vista. Mais abaixo o vale fértil, povoado e, mais adiante, à leste, a foz – a majestosa Babitonga -, antes, porém, o rio Palmital – um oceano de águas. […]
Casa do Vovô Neco (Zabot)
CASA DO VOVÔ NÉCO Oliveira Cercal é destas pessoas de bem com a vida. Percebia-se, claramente, haja vista a calorosa recepção. Final de dezembro. Manhã de sol. Calor de rachar. E lá estávamos em visita pré-agendada. Dione, engenheira agrônoma da Epagri, ciceroneia a visita. Decorre de contatos anteriores: excursão a Morretes para troca de informações […]
Poesia a dois (Zabot)
POESIA A DOIS Eu já não sou eu, e você já não é você. Somos apenas um. Ora somos floresta, ora breve remanso, urutaus…! Florescer tocaiados. Depois seguimos adiante, águas de arrebentação refazendo ribanceiras. E você a ouvir pássaros, aves que não renegas, mesmo que se percam as aves. Custa-me […]
Benesses do bem-querer (Zabot)
BENESSES DO BEM-QUERER E aquele bem-te-vi, cantava ao entardecer. Entoava um canto triste como quem chora. Ninguém respondia, mas ele insistia… Voou enquanto pode rodando ao léu. Conhecera o inferno, agora procurava o céu. Sua companheira se foi… maldito gavião traiçoeiro. Ora, ora…! A quem recorrer àquela hora. […]
Ac. Zabot leu “Sonhos tropicais”, de Moacyr Scliar
A REVOLTA DA VACINA Eis um livro instigante: Sonhos Tropicais, do médico e escritor gaúcho da Academia Brasileira de Letras, Moacyr Scliar. Na dedicatória (comprei no sebo) expressa de próprio punho o autor: “Oswaldo Cruz foi um magnífico homem; pesquisador fantástico. Deixou-nos vários legados, mas o mais importante foi sua curta e profícua vida. Morreu […]
Sujeito estrumado (Zabot)
SUJEITO ESTRUMADO Meu amigo Franklin já ouvira de tudo na vida, mas… sujeito estrumado superou tudo. Coisa de catarinense do vale do Itajaí, bandas da singela Imbuia. Imbuia é célebre pelo gado Jersey. Vacas miúdas, porém, boas de leite. Gado vacum proveniente, segundo consta da Ilha de Jersey – canal da Mancha. Clima hostil, mas, […]
Relevância da Sucam (Zabot)
RELEVÂNCIA DA SUCAM Tempos de pandemia – refletir sobre a evolução dos estudos sobre microbiologia -, certamente, contribui para nos posicionarmos quanto aos desafios do setor. Incrível, mas Louis Pasteur, sanitarista francês, mudou a história do mundo. Impulsiona a revolução pasteuriana. Ao lado de Ferdinand Cohn e Robert Koch, protagonistas da microbiologia. Doenças propagam-se por […]
📕 “Presença de Cruz e Souza” (Zabot)
PRESENÇA DE CRUZ E SOUSA No VIII Encontro Catarinense de Escritores e Leitores – evento realizado em novembro último em Joinville –, coube também à Academia de Letras Cruz e Sousa de Itapoá destacar a presença deste poeta na literatura brasileira. Fundada em 26 de agosto de 2006, a academia publicou doze antologias. E sem […]
Solfejos ao luar (Zabot)
SOLFEJOS AO LUAR Porque cantas a esta hora, (fria madrugada), ó ave imorredoura! Com certeza é um sabiá que ousa a Morfeu desafiar. Mas, acaso a esta hora é hora de me acordar, ó atrevido pássaro cantor…! Sinfonia ao vento, gorjeios ao luar. Quatro e trinta da manhã, acordes de […]
Pássaros pequeninos (Zabot)
PÁSSAROS PEQUENINOS Oh, Deus, por Deus! Como entender a impaciência dos homens… Crianças desemparadas, o mundo com sede. Vagas nuvens por cá. Resta-me render-me a Vossa infinita sabedoria, ao pôr as estrelas no céu e estes passarinhos pequeninos voando à luz do dia que encantam ao gorjear Ave-Marias! Aonde cavar a […]
Queijo danado de bom (Zabot)
QUEIJO DANADO DE BOM Ora, queijo… Quem dispensa um bom queijo? Tantos são os queijos; haja degustação! Que o diga os camundongos. Dia desses surpreendo colegas da Academia Joinvilense de Letras… À mão, uma peça de queijo lá de Pirabeiraba. Do mestre Gil. De cara, salivaram, não antes sem a devida anuência do renomado médico […]
Rasto de onça (Zabot)
RASTO DE ONÇA No tempo em que se andava descalço, e não vai tão longe assim, o rasto fazia parte do cotidiano, digitais do mundo sertanejo. Além de rasto de gente, havia rasto de rolinha, de paca, de montaria, de onça, de cobra, e de tudo que é mais vivente pés-no-chão ou arrastando-se. Menos saracura… […]
Se não bastasse o coronavírus e os gafanhotos (Zabot)
SE NÃO BASTASSE O CORONAVÍRUS E OS GAFANHOTOS Nestes tempos nada camaradas, se não bastasse o coronavírus, os gafanhotos também deram as caras. Apequenados, mas aloprados, tastaveiam tresloucados. Rasantes inesperados. Arremessos às alturas. Adiante. Famintos de dar com os pés nos costados, segundo meu amigo Franklin. E tinha que surgir no Paraguai, e só podiam […]
Doutor Violantino (Zabot)
DOUTOR VIOLANTINO Doutor Violantino, médico lá das Minas Gerais. Violantino Afonso Rodrigues. Dos Afonso, orgulhava-se disso. Apequenado apenas de tamanho, nunca de alma. Simpático. Afável. Esbanjava alegria e, sobretudo simplicidade. Gente, como a gente, dizia Amandus Finder, vereador do Iririú em priscas eras. Finder, clarinetista emérito da Sociedade Alvorada, mais tarde, deu largada para a […]
Vacas pardas (Zabot)
VACAS PARDAS Pasmem! Dezesseis milhões de norte-americanos acham que os achocolatados provêm de vacas pardas. É o mundo virtual sobrepondo-se ao natural; percebe-se. Há um claro descolamento da realidade. Com o devido respeito, porque não o denominar de alienação virtual. É certo que o Homo sapiens, neste momento, passa por mais uma profunda transformação, a […]
Com trem não se brinca (Zabot)
COM TREM NÃO SE BRINCA Estrada de ferro, trem… Vem-me à memória Porto União. – Papai anunciou: é a enchente. E realmente era. Água rolando pra todo lado; lá do alto, da estação, percebia-se a fúria das águas revoltas do rio Iguaçu. Menos nos trilhos. Prevenção da engenharia inglesa. Vim a saber disso bem mais […]
Serraria da Prefeitura (Zabot)
SERRARIA DA PREFEITURA Serraria da prefeitura. Isso mesmo. Prefeitura de Joinville. Lá no pé da serra Dona Francisca às margens do rio Seco; espécie de âncora, desdobrava madeira para obras públicas. Antes fora, se não me engano, da família Lopes Pereira. E madeira de qualidade – início da década de 1980 -, não faltava. Canelas […]
Ac. Zabot leu “A moderna agricultura intensiva”, de Arthur e Ana Maria Primavesi
ANA E ARTUR PRIMAVESI No último dia 5 – partiu antes do combinado, como diz Boldrin -, a eminente cientista Ana Maria Primavesi. Jatobá de 99 anos bem vividos, assim saiu a matéria anunciando sua partida. Natural de Skankt Georgen ob Judenburg, Áustria (1920). Aportou ao Brasil, em 1949. Ao lado do marido Arthur Primavesi, […]
No tempo do mangual (Zabot)
NO TEMPO DO MANGUAL E lá sabíamos do chaco paraguaio. Ali armava-se o temporal, vim a saber disso bem mais tarde. Centro de baixa pressão à oeste, ribanceiras do rio Paraná. Mas, nem precisava saber, pois os efeitos da trovoada assombravam. Do nada nuvens amontoavam-se no céu. Verão. Final de tarde. O ronco do trovão […]
Tempos bicudos (Zabot)
TEMPO BICUDOS Atrever-se a escrever nestes tempos bicudos – de pandemia de conavírus -, requer paciência, e sobretudo muito bom senso, pois informações não positivas, mais alarmam do que contribuem para superarmos as agruras do momento. O realismo, porém, é essencial. Quando falo de gripe sempre lembro de minha mãe, pessoa maravilhosa de muita fé […]
? “Manhas do Gregório” (Onévio Zabot)
MANHAS DO GREGÓRIO Gregório era um crioulo espigado. Gigante dos sertões. Um touro na acepção de Zé Baiano, não menos robusto. Gregório, porém, era dotado de uma calma de “dar nos nervos”, falava-se por lá, estrada Flórida. Não importava o aperto: não abria o passo. E muito menos o compasso. Tudo na conta de Deus. […]
Ac. Zabot leu “O império da beleza”, de Mark Tungate
IMPÉRIO DA BELEZA Eis um livro instigante: Império da Beleza de Mark Tungate, jornalista radicado em Paris. É também autor do best-seller: A história da Propaganda Mundial. Referência em branding e comunicação. Discorre o autor desde o antigo Egito até os dias atuais sobre a poderosa indústria da beleza. Indústria bilionária. Abarca maquiagem, cuidados com […]
Conversa com Pedro (Zabot)
CONVERSA COM PEDRO Pedro é meu neto. Mas poderia ser neto de qualquer um. Quem não curte seus netos. Sementes do amanhã. Pedro, no entanto, é diferente; tem medo de ovelhas, embora dez anos nas costas. Ora Pedro… Medo de ovelhas que ousam afrontá-lo deliciando-se. Elas, no entanto, nem aí, pois mais deleitam-se com as […]
Ac. Zabot leu “Memórias de um menino pobre”, de Silveira Junior
MEMÓRIAS DE UM MENINO POBRE Livro de Silveira Junior da pacata Bananal – antes Distrito de Joinville, hoje Guaramirim -, “Memórias de Um Menino Pobre” resgata passagens da infância do autor no famoso assentamento Rio Branco, idos 1920. Segundo Glauco Olinger a prioridade era assentar revoltosos da Guerra do Contestado. Não era o caso da […]
Grãos de areia (Zabot)
GRÃOS DE AREIA Esses grãos pequeninos, oh, amargo destino! Passo por eles, pés descaço. Caço ventos peregrinos. Esses grãos de areia, Embora pequeninos nunca foram meus, e jamais serão teus. Ora, grãos de areia! mesmo que não percebas, todos os grãos de areia pertencem a Deus. Em cada um deles rescreve-se […]
Jerivá da Hercílio Luz (Zabot)
JERIVÁ DA HERCÍLIO LUZ Ponte Hercílio Luz. Ponte pênsil. Canivete suíço no mar. Não bem no mar, pois alça-se do continente sobranceira. Dobra-se em olhais. Parece rasteira. Recurvada, contorce-se, no entanto, resistindo aos vagalhões. Aço do norte. Cabo de guerra. Fez e faz história. Do antes, poucos exaltam. Ora, que ousadia, varar do continente à […]
Novas estradas (Zabot)
NOVAS ESTRADAS Wilson desenha barcos no quintal de casa, depois os leva à Lira em plena luz do dia. Ninguém o esperava no céu, pois apenas aves sombrias reservam-se às madrugadas. Ora, espreitar cordilheiras quando menos se espera abraça-las. Ao espreita-las, no entanto, Hércules recua… Insidiosas embarcações. Se por ele ninguém esperava, Então porque voam […]
Cadê o jornal… (Zabot)
Prezado Alcides, poeta amigo Onde chegamos… No fundo do poço, sem calabouço. Sem Nejar, e nem mar. E sem jornal. Sem água. tabua rasa soçobrando na porta de casa. Crispim Mira dá voltas ao léu. Entristecido adormece na praça. E, ao acordar… Cadê o jornal? Cadê o jornal… Aos […]
O acadêmico Zabot recomenda: “Médico de homens e almas”, de Taylor Caldwell
Taylor Caldwell – escritora de ascendência escocesa – levou 46 anos para escrever o livro: Médico de Homens e de Almas (58° Edição, editora Record, 2015). Discorre sobre o evangelista São Lucas. A leitura das 699 páginas é algo apaixonante. O cenário: o Império Romano no tempo de Cristo. Lucano (hoje Lucas) – de origem […]
Timor Leste
Tão distante e, ao mesmo tempo, tão perto: – cá na palma da mão. João… Antônio Antônio… João: lusitanos da gema, nossos irmãos! Timor, pátria fugidia entre ondas bravias, céus e exílio. Terra de navegar, âncoras presas ao mar: mãe chorando o filho. Brota o sangue do filho exangue, à procura do […]
Saga poética em dois movimentos
O LENHADOR Raio sonoro fende a imensidão furiosa do lenho. Cavacos erguidos nos umbrais do tempo sem escolha. Inútil apelo: Ícaro tombado no obstinado voo. Ao transpor recônditas faces: ecos de dentro, setas desferidas à luz dos rochedos de remota infância. O lenhador lenha, lenha o vento que nunca […]
Porteira velha
Bois ainda circulam… E giram no tempo das boiadas grandes, Largo tempo dos cascos partidos. Fez-se adulto o sonho menino: Boi varado Colhendo pinhão. No largo horizonte está escrito: Deus refaz montanhas, Deus refaz nascentes. Esta escrito no horizonte. Porteira velha… Madeira ressequida Reencontrando ventos. E choram, e como choram […]
Manhãs
Áspera é a manhã. Faca de corte, romã de sete cores partida e fresca. Em sua sina de pássaro insano, a manhã nunca foge de ser manhã. Doa-se em pele de pêssego, licor rubro em tempo real. Manhãs e manhãs construídas em alvorada, verde e azul. Manhãs de tragédias romanas, de César a caminho da […]
Incansável voo
Tantos sonhos perdidos de forma definitiva, ó incansável águia! Voraz solidão sem plano: O oculto e o branco sobrepondo-se. Infinita bondade revestindo carruagens. Tantos voos: oculto silêncio, ocultas rochas E você à espera do mar. Mar que nunca retorna como ontem. Apenas cordilheiras aguardam o […]
Breves andorinhas
Peitam a tarde, Peitam a noite, Jovens andorinhas! E muito mais Peitariam, Não fossem minhas. Amo-as e sempre as amarei. O voo suave, alvissareiro. Oh, como são leves! Mansa primavera, Olhar de riozinho Desdobrando-se azul. E, vê-las alvissareiras Assentando acampamento no céu. Revelam-se vento: Frutos de amor passageiro. Cavalos alados, movendo-se, Breves andorinhas. […]
Barcos
O mar Desenha a lápis Aquilo que os barcos Não sabem. Os barcos, no entanto, Desenham círculos De luz; Desenham tempestades. E não sabem os homens Que os barcos Sabem desenhar.
Aves de Rimbaud
Girai, ó aves girai! Girai como giram os mares. Girai nas incisivas tempestades: amores e saudades! Não contentai-vos apenas com o verbo, ó aves! Girai Como giram as imensidades…! Ó, atentas criaturas! Jamais curvai-vos ao inconfundível ocaso. Como flechas girai…! Ó aves – girai! Girai como giram […]
Áspero exílio
É sempre noite quando retornas em fragatas de frágil trajetória. Pressentimentos estranhos, planuras. É sempre noite quando recolhes o vinho tombado no copo recomposto. Gesto amargo de áspero exílio. É sempre noite quando ensejas voos em negras caravanas ao inscrever a lua no círculo das lágrimas. É sempre noite […]
Pirenópolis – Janus e a meia ponte
O planalto central transpira cerrado: vegetação casquenta, tiguerada, suberosa; clama aos céus, joelhos e juntas dobradas. Abaporu de Tarsila do Amaral espreita-nos disfarçadamente. Assenta raízes no descampado. Percebe-se na paisagem esmaecida um pedido disfarçado de clemência. Não por acaso, contrariando o cenário, chove torrencialmente nos últimos dias – tardezinhas de dezembro, 2011. E que aguaceiros! […]
O homem do guarda chuva
Dia desses, sem o que fazer, andava pela cidade à toa. Sol quase a pino. Duas da tarde, sexta-feira, treze. Fazia um calor dos diabos. À frente, logo à frente, no cruzamento da Rua João Colin com a Tijucas passou alguém: olhar soturno, passos cadenciados. Portava enorme guarda-chuva. A princípio, parecia uma bengala, observando melhor […]
Marechal Rondon
Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon: em honestidade, respeito ao próximo e amor ao trabalho, ninguém o supera e poucos o ombreiam. De faro selvagem e dedicação incomum, muito deve o Brasil a este ousado desbravador. De ascendência indígena e pai miscigenado: sangue espanhol e lusitano, como poucos compreendeu a alma nativa. O pai, antes […]
Mãezera
Cipó-imbé: filho pródigo da mata atlântica. Dele, pessoas simples – os cipozeiros – apropriam-se, fazendo artesanato. Retiram-no da floresta: fundos de vales, encostas. Da planta mãe – a mãezera -, alojada na galhada das árvores desprendem-se raízes adventícias; sucumbentes, buscam o solo. Depois de beneficiadas, resultam em fibras de apreciável valor. Manuseadas pelos artesãos geram […]
Laranjeiras do Iguaçú
Laranjeiras do Sul – outrora pujante capital do território do Iguaçu -, é dessas cidades com eterno ar de nostalgia. Algo que era para ser e ficou a caminho. Evoca Stambul de Orhan Pamuk. Embora Bizâncio tenha sucumbido, Stambul sucedeu-a, e de forma grandiosa. Mas a nostalgia assentou raízes, impregnada na paisagem que insiste em […]
Bandaneón de Vergilio
Eis um instrumento instigante, inventado na Alemanha por Heinrich Band (1821-1860); daí a denominação – bandoneón. Incialmente com finalidade religiosa, e depois folclórica. É por excelência o instrumento do tango; daí predominar na região do rio da Prata: Argentina e Uruguai. Por aqui, teve o seu auge desde o período da colonização até meados de […]
A lenda da cobra Catuto
Zoinho e Zeca Canuto – respeitados pescadores de Parati – mal podiam conter-se. Aos sobressaltos, apavorados, foram tomados de tremura incomum. Também, quem mandou pescarem a cobra grande. Preparos feitos e montados a capricho: espinhel com trinta anzóis desses de pescar baleia. Escolhida a lua certa, deitaram a armadilha na curva do rio – passagem […]
Onévio Zabot – Recepção por Herculano Vicenzi
O agrônomo Onévio Antônio Zabot, veio para Joinville em 1979, ao ser designado pela ACARESC (hoje Epagri), para trabalhar na de extensão rural. Na condição de jornalista agrícola calejado, entrei em contato com o jovem agrônomo e ele virou uma preciosa fonte de informação. Não demorei para constatar que Zabot e eu tínhamos uma paixão […]
Onévio Zabot – Discurso de posse
Ilmo. Sr. Engenheiro e Escritor Milton Maciel Presidente, da Academia Joinvilense de Letras – Acadêmicos – Autoridades – Leitores e admiradores da última flor de lácio. Prezados amigos, ao ser convidado pelo presidente Milton Maciel para ingressar na Academia Joinvilense de Letras, num primeiro momento confesso que hesitei, embora o honroso convite. Há outros escritores […]